Dólar: às 10:25, o dólar recuava 1,05 por cento, a 4,1216 reais na venda, após avançar na véspera a um novo recorde de fechamento (thinkstock)
Da Redação
Publicado em 22 de janeiro de 2016 às 10h34.
São Paulo - O dólar recuava cerca de 1 por cento em relação ao real nesta sexta-feira, refletindo a retomada do apetite por risco nos mercados globais em meio à recuperação dos preços do petróleo e a expectativas de novos estímulos econômicos na zona do euro.
Às 10:25, o dólar recuava 1,05 por cento, a 4,1216 reais na venda, após avançar na véspera a um novo recorde de fechamento.
"Bolsas, moedas e commodities se recuperam na última sessão da semana", escreveram analistas da corretora Guide Investimentos em nota a clientes.
"Ainda que não acreditemos que se trata de um alívio duradouro, deve ser capaz de encerrar melhor a semana, que continuou apresentando elevada volatilidade dos ativos de risco".
Os preços do petróleo subiam cerca de 5 por cento nesta sessão, com uma frente fria nos Estados Unidos e na Europa alimentando expectativas de maior demanda.
A commodity vem renovando nas últimas sessões as mínimas em 13 anos, pressionando a demanda por ativos de maior risco e de moedas ligadas a commodities.
A recuperação do bom humor nos mercados globais vinha também após o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, afirmar que o banco vai revisar sua política monetária em março, alimentando expectativas de mais estímulos.
No entanto, operadores não descartavam uma reversão do bom humor, especialmente levando em conta a fragilidade das perspectivas brasileiras.
A controversa decisão do Banco Central de manter os juros básicos nesta semana desencadeou forte pressão sobre os ativos brasileiros e deve manter elevada a volatilidade no mercado local.
"Não dá para virar a página e começar do zero, o mercado ainda está muito desconfortável com toda a incerteza que veio com a decisão do BC", disse o operador de uma corretora nacional.
Nesta manhã, o Banco Central fará mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 1º de fevereiro, que equivalem a 10,431 bilhões de dólares, com oferta de até 11,6 mil contratos.
Texto atualizado às 10h55.