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Dólar cai mais de 1% e vai abaixo de R$3,25 com baixo volume

O dólar recuou 1,21 por cento, a 3,2323 reais na venda, após bater 3,2910 reais na máxima do dia e 3,2287 reais na mínima


	Dólar: foi a maior queda diária de fechamento desde o dia 4 de agosto (-1,43%)
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: foi a maior queda diária de fechamento desde o dia 4 de agosto (-1,43%) (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 29 de agosto de 2016 às 17h17.

São Paulo - O dólar fechou com a maior queda em quase um mês e voltou abaixo de 3,25 reais nesta segunda-feira, dia marcado por baixo volume de negócios antes dos dados de emprego nos Estados Unidos no fim da semana e do desfecho do processo de impeachment da presidente afastada Dilma Rousseff.

Na sessão anterior, declarações de autoridades do Federal Reserve recolocaram sobre a mesa a possibilidade de o banco central norte-americano elevar os juros no mês que vem, adicionando incerteza aos mercados financeiros globais.

O dólar recuou 1,21 por cento, a 3,2323 reais na venda, após bater 3,2910 reais na máxima do dia e 3,2287 reais na mínima. Foi a maior queda diária de fechamento desde o dia 4 de agosto (-1,43 por cento).

O dólar futuro recuava cerca de 1 por cento no fim desta tarde.

"O mercado está um pouco vazio e há alguma expectativa de fluxo pós-impeachment, o que pode explicar essa queda. Mas o câmbio só vai voltar a funcionar com mais consistência depois que a votação final passar", resumiu o operador da corretora B&T Marcos Trabbold.

Operadores dão como certa a confirmação do afastamento definitivo de Dilma, mas esperam um sinal de força política de Michel Temer que comprove que será capaz de angariar apoio no Congresso Nacional a medidas de austeridade fiscal, após enfrentar dificuldades para fazê-lo enquanto presidente interino.

Dilma adotou um tom emocional em depoimento a senadores nesta segunda-feira, afirmando que pode sentir o gosto amargo da injustiça, mas não deixou de rebater acusações e negar que tenha cometido qualquer crime de responsabilidade.

Outro fator que limitou o volume de negócios foi a incerteza em relação aos próximos passos do Fed.

Na sexta-feira, o vice-chair do Fed, Stanley Fischer, afirmou que as declarações da chair Janet Yellen eram consistentes com elevação de juros no mês que vem, embora a decisão ainda dependa de indicadores econômicos.

Mais cedo, Yellen havia dito que as chances de um aumento vinham crescendo, mas evitou precisar datas.

Os comentários de Fischer levaram o dólar a subir globalmente, já que juros mais altos nos EUA tendem a reduzir o apetite por ativos de alto risco, como os denominados em moedas emergentes.

A incerteza seguia forte agora, aumentando a importância do relatório de emprego dos Estados Unidos que será divulgado na sexta-feira.

"A cautela predomina porque é uma semana de eventos muito importantes", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Além disso, a briga pela Ptax, taxa calculada pelo Banco Central que serve de referência para diversos contratos cambiais, começou a ganhar força.

Operadores costumam disputar para deslocar a taxa formulada no último pregão do mês para favorecer suas posições cambiais.

Nesta manhã, o BC vendeu novamente a oferta total de até 10 mil swaps reversos, contratos que equivalem a compra futura de dólares. 

Texto atualizado às 17h17

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