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Dólar cai mais de 1% ante o real com avanço de Aécio

Nova pesquisa de intenção de votos apontou liderança de Aécio Neves (PSDB) contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições


	Dólar: às 10h22, a moeda norte-americana caía 1,32 por cento, a 2,3917 reais na venda
 (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: às 10h22, a moeda norte-americana caía 1,32 por cento, a 2,3917 reais na venda (Arquivo/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 13 de outubro de 2014 às 10h42.

São Paulo - O dólar recuava mais de 1 por cento nesta segunda-feira, chegando a bater no patamar de 2,38 reais, após nova pesquisa de intenção de votos apontar liderança de Aécio Neves (PSDB) contra a presidente Dilma Rousseff (PT) no segundo turno das eleições presidenciais.

Às 10h22, a moeda norte-americana caía 1,32 por cento, a 2,3917 reais na venda, após alcançar 2,3823 na mínima da sessão.

Pesquisa do Instituto Sensus divulgada no fim de semana mostrou Aécio, preferido pelos mercados por prometer uma política econômica mais ortodoxa, com 58,8 por cento dos votos válidos, contra 41,2 por cento de Dilma.

Segundo operadores, o levantamento poderia sugerir que o tucano pode crescer também em pesquisas do Datafolha e do Ibope, que são mais acompanhadas pelo mercado, cujas novas rodadas devem ser divulgadas nesta semana.

"É uma questão de expectativas. Mesmo se a pesquisa não for muito precisa, as chances de ele (Aécio) ter ganhado força aumentaram", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Intercam, Jaime Ferreira.

A percepção de que o candidato do PSDB estaria em trajetória positiva ganhou mais força após a candidata derrotada do PSB, Marina Silva, declarar apoio a Aécio. Marina teve cerca de 20 por cento dos votos válidos no primeiro turno, que poderiam fazer a diferença na campanha.

A queda do dólar no exterior também ajudava o mercado brasileiro, com os investidores cautelosos com a economia global e mais incertezas sobre quando o Federal Reserve, banco central norte-americano, elevará sua taxa de juros, o que tenderia a atrair à maior economia do mundo recursos aplicados em outros países.

"As preocupações com a fraqueza do crescimento global progrediram ao ponto em que estão começando a beneficiar os mercados emergentes de câmbio e juros", escreveram analistas do Credit Suisse em nota a clientes, explicando que isso se deve às demonstrações de que o Fed está atento à "desaceleração na Europa e seu impacto sobre o dólar".

Neste fim de semana, autoridades do Fed sinalizaram que, dependendo da economia global, pode demorar mais para que os juros sejam elevados.

Nesta manhã, o Banco Central brasileiro vendeu a oferta total de até 4 mil swaps cambiais, que equivalem a venda futura de dólares, pelas atuações diárias. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015, com volume correspondente a 197,3 milhões de dólares.

O BC também fará nesta sessão mais um leilão de rolagem dos swaps que vencem em 3 de novembro, que equivalem a 8,84 bilhões de dólares, com oferta de até 8 mil contratos. Até agora, a autoridade monetária já rolou cerca de 36 por cento do lote total.

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