Mercados

Dólar cai com cena eleitoral

Às 12h12, o dólar recuava 0,65%, a 3,7426 reais na venda, depois de subir 0,98% na última sessão

Dólar (Hamera Technologies/VEJA)

Dólar (Hamera Technologies/VEJA)

R

Reuters

Publicado em 8 de agosto de 2018 às 13h16.

Última atualização em 8 de agosto de 2018 às 13h17.

São Paulo - O dólar era negociado em baixa ante o real nesta quarta-feira, após ter saltado quase 1 por cento na véspera e com os investidores de olho na cena eleitoral após divulgação de mais uma pesquisa de intenção de voto.

Às 12:12, o dólar recuava 0,65 por cento, a 3,7426 reais na venda, depois de subir 0,98 por cento na última sessão. O dólar futuro recuava cerca de 0,30 por cento.

Nesta manhã, foi divulgada pesquisa CNT/MDA mostrando que o candidato do PSL à Presidência, Jair Bolsonaro, tem 18,9 por cento das intenções de voto no Estado de São Paulo em cenário sem o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), à frente de Geraldo Alckmin (PSDB), que aparece com 15,0 por cento.

Como a margem de erro da pesquisa é de 2,2 pontos percentuais, os dois presidenciáveis estão em empate técnico.

"O mercado viu que os dois (candidatos) estão próximos e que ainda é cedo, é preciso começar a campanha de fato", afirmou o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

Semana passada, pesquisa do Ibope também realizada apenas no Estado de São Paulo mostrou que Alckmin, ex-governador paulista, havia passado à frente do candidato do PSL, Jair Bolsonaro, embora também estivessem em empate técnico.

O tucano é o candidato que mais agrada ao mercado por enxergar nele o perfil reformista que considera necessário para a economia. Há expectativas entre os investidores de que Alckmin ganhará tração após fechar acordo com partidos do blocão, garantindo maior tempo na campanha televisiva, e escolher a senadora Ana Amélia (PP) como sua vice.

O mercado também monitorava o cenário internacional, onde o dólar tinha pequena baixa ante uma cesta de moedas e leves variações sobre algumas divisas de países emergentes.

O noticiário sobre a guerra comercial entre Estados Unidos e China continuava a ser abastecido. Nesta quarta-feira, Pequim anunciou que vai impor tarifas adicionais de importação de 25 por cento sobre 16 bilhões de dólares em produtos norte-americanos, como resposta à mesma medida tomada pelos EUA na véspera.

"Deve-se ponderar que investidores seguem cada vez mais resilientes a essa situação, indicando maior maturidade e paciência no que tange ao tema, dado que o desfecho e futuros impactos dessa disputa ainda são de delicada análise", escreveu a H.Commcor Corretora.

Mais cedo, saíram os dados da balança comercial chinesa, que superaram as previsões, boas notícias para as autoridades que buscam amenizar o impacto da disputa comercial com os Estados Unidos.

O Banco Central brasileiro ofertou e vendeu integralmente 4,8 mil swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 1,44 bilhão de dólares do total de 5,255 bilhões de dólares que vence em setembro.

Se mantiver essa oferta diária e vendê-la até o final do mês, terá feito a rolagem integral.

Acompanhe tudo sobre:Banco CentralCâmbioDólarEleições 2018Estados Unidos (EUA)

Mais de Mercados

Dólar fecha em queda de 0,84% a R$ 6,0721 com atuação do BC e pacote fiscal

Entenda como funcionam os leilões do Banco Central no mercado de câmbio

Novo Nordisk cai 20% após resultado decepcionante em teste de medicamento contra obesidade

Após vender US$ 3 bilhões, segundo leilão do Banco Central é cancelado