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Dólar cai e vai abaixo de R$3,40 com exterior e correção

O dólar recuou 0,73 por cento, a 3,3866 reais na venda, depois de ter tocado a máxima de 3,4242 reais no dia

Dólar: moeda norte-americana perdia força ante divisas de países emergentes (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

Dólar: moeda norte-americana perdia força ante divisas de países emergentes (Jose Luis Gonzalez/Reuters)

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Reuters

Publicado em 11 de abril de 2018 às 17h05.

Última atualização em 11 de abril de 2018 às 17h07.

São Paulo - O dólar fechou em queda nesta quarta-feira, voltando abaixo do patamar de 3,40 reais, com algum alívio no exterior favorecendo movimento de correção local após as altas recentes.

O dólar recuou 0,73 por cento, a 3,3866 reais na venda, depois de ter tocado a máxima de 3,4242 reais no dia e acumular no mês, até a véspera, alta de 3,37 por cento. O dólar futuro caía cerca de 0,70 por cento no final da tarde.

"Depois que furou (o patamar de) 3,40 reais, o dólar aprofundou mais a queda", afirmou o superintendente da Correparti Corretora, Ricardo Gomes da Silva.

O recuo do dólar teve influência externa, onde a moeda norte-americana perdia força ante divisas de países emergentes, como os pesos chileno, mexicano e colombiano em dia de alta dos preços das commodities.

Além disso, o índice de preços ao consumidor nos Estados Unidos caiu em março pela primeira vez em dez meses, sobre previsão de que ficaria estável. Com isso, os mercados respiraram melhor com a visão de que o Federal Reserve, banco central do país, não vai elevar os juros mais do que o esperado.

Em sua ata do último encontro de política monetária, o Fed continuou indicando que vê mais duas altas de juros este ano, além da de março.

Taxas maiores tendem a atrair para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças financeiras, como a brasileira.

Ajudou também na queda do dólar frente ao real a fala do presidente do Banco Central brasileiro, Ilan Goldfajn, de que o país tem colchões para enfrentar a recente volatilidade nos mercados financeiros, como elevadas reservas internacionais e estoque mais baixo de swaps cambiais tradicionais, o que seria um lembrete aos investidores que o BC está atento para atuar se julgar necessário.

"Hoje nós tivemos uma espécie de intervenção verbal (no dólar) e funcionou muito bem", segundo o diretor de Tesouraria de um grande banco estrangeiro.

Nesta sessão, o BC vendeu seu terceiro lote de 3,4 mil contratos de swaps cambiais tradicionais, equivalentes à venda futura de dólares, rolando 510 milhões de dólares do total de 2,565 bilhões de dólares que vencem em maio.

Se mantiver esse volume e vendê-lo integralmente, o BC rolará o valor total dos swaps que vencem no próximo mês.

Mais cedo, o dólar chegou a subir em meio às tensões geopolíticas globais depois de troca de farpas entre Rússia e Estados Unidos devido ao uso de armas químicas na Síria.

Como pano de fundo, os investidores também continuaram cautelosos com o quadro político local e as eleições presidenciais deste ano.

(Edição de Camila Moreira e Patrícia Duarte)

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