Dólar: moeda norte-americana operou em queda desde a abertura, renovando as mínimas no período da tarde (Bay Ismoyo/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de outubro de 2014 às 17h16.
São Paulo - O dólar começou a semana em baixa ante o real, assegurada não somente pela tendência externa como também pelo noticiário eleitoral do fim de semana, que apontou para o fortalecimento da candidatura do PSDB à Presidência no segundo turno.
Após acumular queda de 2,22% na semana passada, o dólar nesta segunda-feira, 13, recuou 1,20% ante o real, para R$ 2,3890. Oscilou da máxima de R$ 2,3980 (-0,83%) à mínima de R$ 2,3800 (-1,57%).
O volume financeiro, perto das 16h30, era de US$ 604 milhões, sendo US$ 562 milhões em D+2. No segmento futuro, o dólar para novembro caía 1,39%, a R$ 2,405, às 16h37.
A moeda norte-americana operou em queda desde a abertura, renovando as mínimas no período da tarde. A divulgação de dados fracos da balança comercial de outubro até o dia 12 foI observada, mas não fez preço.
Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), o saldo comercial no período é positivo em apenas US$ 140 milhões.
A balança registra déficit de US$ 554 milhões no ano, resultado de exportações de US$ 180,387 bilhões e importações de US$ 180,941 bilhões.
No âmbito local, os investidores reagiram tanto à confirmação do apoio de Marina Silva e da família de Eduardo Campos a Aécio Neves (PSDB), quanto à pesquisa Sensus, que mostrou o tucano mais de 17 pontos porcentuais à frente da candidata à reeleição Dilma Rousseff.
Segundo o levantamento, Aécio Neves (PSDB) tem 58,8% da preferência do eleitorado, enquanto Dilma Rousseff (PT) tem 41,2%.
A expectativa agora é de que as pesquisas Ibope e Datafolha, esperadas para quarta-feira, mostrem a mesma tendência de crescimento de Aécio. Amanhã à noite, será realizado pela Rede Bandeirantes o primeiro debate entre os presidenciáveis no segundo turno.
No exterior, as preocupações com a economia global demonstradas pelo Federal Reserve desde a divulgação da ata da reunião de política monetária na quarta-feira passada foram renovadas por declarações de seus diretores no fim de semana e nesta segunda-feira.
Nesta tarde, o presidente do Federal Reserve de Chicago, Charles Evans, disse que o "maior risco" para a economia dos EUA no momento seria elevar as taxas de juros antes do necessário.
Com isso, o dólar operou em queda tanto em relação às moedas fortes quanto em relação a divisas de países emergentes. Às 16h37, o dólar recuava 0,84% em relação ao rand sul-africano, 0,97% ante o dólar neozelandês e 0,44% ante o won sul-coreano.
Dados da economia da China também ajudaram as moedas de países emergentes e as ligadas a commodities, como o real.
As exportações chinesas tiveram alta anual de 15,3% em setembro, ganhando ritmo em relação ao aumento de 9,4% em agosto e superando a previsão dos analistas (+12,5%).
As importações também surpreenderam ao subir 7,0% ante setembro de 2013, quando a expectativa era de queda de 2,4%.
O superávit comercial chinês, por outro lado, encolheu para US$ 31,0 bilhões em setembro, de US$ 49,8 bilhões agosto.