Dólar: dólar à vista no balcão caiu 0,42%, para R$ 2,3550 (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 13 de janeiro de 2014 às 16h03.
São Paulo - O dólar caiu ante o real nesta segunda-feira, 13, com os investidores ainda reagindo aos dados sobre o mercado de trabalho dos EUA divulgados na semana passada, que podem levar o Federal Reserve a adiar uma nova redução nas suas medidas de estímulo monetário.
Além disso, os investidores antecipam a entrada de recursos no país, após notícias sobre uma emissão externa do BNDES.
O dólar à vista no balcão caiu 0,42%, para R$ 2,3550. Por volta das 16h30 o giro estava em torno de US$ 893,72 milhões, segundo dados da clearing de câmbio da BM&FBovespa. No mercado futuro, o dólar para fevereiro recuava 0,25%, a R$ 2,3675. O volume de negociação estava próximo de US$ 14,01 bilhões.
Pela manhã, o dólar já exibia perdas ante o real, influenciado pelo mercado externo e também pela perspectiva antes do leilão diário de swap (venda de dólares com compromisso de recompra) do Banco Central.
À tarde, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) divulgou que a balança comercial teve déficit de US$ 684 milhões na segunda semana de janeiro, levando o resultado no acumulado deste ano para US$ 574 milhões negativos.
Apesar disso, os principais fatores por trás da queda do dólar são o efeito residual do payroll e a expectativa de entrada de recursos no País nas próximas semanas. Segundo fontes, o BNDES está lançando hoje uma emissão no exterior por meio da qual pretende levantar pelo menos 500 milhões de euros.
Hoje, o Banco Central divulgou sua pesquisa semanal Focus. A previsão para o dólar no fim de 2014 ficou inalterada em R$ 2,45, com uma taxa média de R$ 2,40 este ano. Já para 2015, a projeção é de que o dólar termine o ano cotado a R$ 2,47, ante uma estimativa de R$ 2,45 na semana anterior. A expectativa para o câmbio médio em 2015 subiu para R$ 2,44, de R$ 2,40.
Segundo profissional da mesa de câmbio de um banco, os ganhos do real ante o dólar hoje não foram maiores em razão das preocupações com as projeções econômicas do Brasil. "Isso ocorre porque há toda uma questão interna, de inflação, de preocupação com as eleições", comenta.