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Dólar cai e se aproxima de R$3,10 com revés sobre delação da JBS

Às 10:12, a moeda americana recuava 0,57 por cento, a 3,1192 reais na venda, depois de marcar a mínima do dia de 3,1121 reais

Dólar: Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão (iStock/Thinkstock)

Dólar: Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão (iStock/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 5 de setembro de 2017 às 10h08.

Última atualização em 4 de outubro de 2017 às 17h28.

São Paulo - O dólar recuava nesta terça-feira e caminhava para o patamar de 3,10 reais, com os investidores apostando que eventual nova denúncia contra o presidente Michel Temer foi enfraquecida após o acordo de delação fechado pelos executivos do grupo J&F correr o risco de ser cancelado.

Com isso, o governo conseguiria se fortalecer politicamente e encaminhar com mais segurança a pauta econômica no Congresso Nacional.

Às 10:12, o dólar recuava 0,57 por cento, a 3,1192 reais na venda, depois de marcar a mínima do dia de 3,1121 reais. O dólar futuro caía cerca de 0,75 por cento.

"O fato enfraquece politicamente o Ministério Público, alavancando o otimismo da base aliada do Planalto na direção de possível aprovação da reforma da Previdência ainda nesse ano", afirmou a corretora Correparti em relatório.

Na véspera, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, pediu a abertura de investigação para apurar indícios da prática de crimes omitidos por delatores da J&F em áudio entregue pelo grupo ao Ministério Público, o que poderá levar à rescisão dos benefícios concedidos, mas destacou que as provas apresentadas por eles até o momento continuam válidas.

A expectativa era de que Janot encaminhasse nova denúncia contra Temer até a próxima semana, algo que obrigaria o presidente a fazer ainda mais negociações no Congresso para conseguir barrá-la, como ocorreu com a primeira, quando foi acusado de corrupção passiva.

Com a reviravolta de agora, cresceu a avaliação entre os investidores de que Temer ganhou mais fôlego político e, consequentemente, a pauta econômica no Legislativo. E, nesta sessão, estão marcados duas votações que serão um teste.

À tarde, o plenário do Senado vota a criação da Taxa de Longo Prazo (TLP) e, à noite, o plenário do Congresso Nacional aprecia os destaques ao projeto que eleva as metas de déficit primário de 2017 e 2018.

O cenário externo também ajudava na queda do dólar frente ao real neste pregão. A moeda norte-americana tinha leve baixa ante uma cesta de moedas e também moedas de países emergentes, como os pesos chileno e mexicano.

O Banco Central brasileiro não anunciou qualquer intervenção no mercado de câmbio nesta sessão, por ora. Em outubro, vencem 9,975 bilhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional --equivalentes à venda de dólares no mercado futuro.

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