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Dólar cai a R$ 3,08 com desdobramentos da delação da JBS

O fortalecimento da moeda brasileira ante a americana também é uma reação à renovação das apostas do mercado financeiro

Dólar: o enfraquecimento do Irma e a não realização de novos testes nucleares pela Coreia do Norte aumentaram a disposição do investidor estrangeiro (Gary Cameron/Reuters)

Dólar: o enfraquecimento do Irma e a não realização de novos testes nucleares pela Coreia do Norte aumentaram a disposição do investidor estrangeiro (Gary Cameron/Reuters)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 11 de setembro de 2017 às 10h05.

São Paulo - O dólar à vista abriu a segunda-feira, 11, em queda ante o real, sensível ao ambiente mais tranquilo no exterior. Na mínima, a moeda norte-americana chegou a valer menos de R$ 3,09, dando sequência à tendência de depreciação observada nos últimos dias.

O contrato para outubro abriu em leve alta mas, poucos minutos depois, passou a cair. O enfraquecimento do furacão Irma nos EUA e a não realização de novos testes nucleares pela Coreia do Norte no fim de semana aumentaram a disposição do investidor estrangeiro em investir em ativos de risco.

Pouco antes do fechamento deste texto, o Centro Nacional de Furacões divulgou que o Irma foi rebaixado de furacão para tempestade tropical.

O fortalecimento da moeda brasileira ante a americana também é uma reação à renovação das apostas do mercado financeiro de uma melhora na governabilidade de Michel Temer.

No domingo, aliados do presidente vieram a público falar que a prisão do empresário Joesley Batista e do executivo do grupo JBS Ricardo Saud enfraquecem uma eventual segunda denúncia da PGR contra o peemedebista.

Outro destaque é o tom positivo do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, à reforma da Previdência. No domingo, depois de almoço com ministros e aliados oferecido por Temer no Palácio do Jaburu, Meirelles afirmou que o governo decidiu "retomar com ênfase a reforma da Previdência". Ele confirmou que o governo pretende aprovar a PEC em outubro.

Às 9h35, o dólar à vista caía 0,21% aos R$ 3,0867. Na mínima, marcara R$ 3,0857 em queda de 0,24%. O contrato para outubro caía 0,05% aos R$ 3,0945. Nesse horário, o petróleo do tipo WTI para outubro subia 0,57% na Nymex. O Brent para novembro caía 0,28%.

O dólar subia 0,81% ante o iene, avançava 0,31% ante a moeda australiana e 0,10% ante o peso do México, ainda abalado pelas consequências do terremoto.

A moeda americana caía 0,25% ante o rublo russo, recuava 0,28% perante a lira turca e estava em queda de 0,01% em relação ao rand sul-africano. Nesse horário, o Dollar Index (DXY) subia 0,30% aos 91,633 pontos.

No Relatório de Mercado Focus, divulgado pelo Banco Central mais cedo, as projeções para o dólar não foram alteradas. A previsão para a cotação da moeda americana no fim de 2017 seguiu em R$ 3,20. No caso de 2018, a projeção para o câmbio no fim do ano permaneceu em R$ 3,35.

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