Mercados

Dólar cai a R$ 1,556 após alta motivada por Mantega

O mercado de câmbio doméstico devolveu hoje praticamente toda a alta embutida no dólar nas duas sessões anteriores

O dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros recuou 0,72% no dia, para R$ 1,5572 (Karen Bleier/AFP)

O dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros recuou 0,72% no dia, para R$ 1,5572 (Karen Bleier/AFP)

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Da Redação

Publicado em 7 de julho de 2011 às 17h38.

São Paulo - O dólar comercial fechou em baixa de 0,83% hoje, cotado a R$ 1,556 no mercado interbancário de câmbio, o menor valor desde a última segunda-feira (R$ 1,553). O dólar à vista negociado na Bolsa de Mercadorias & Futuros (BM&F) recuou 0,72% no dia, para R$ 1,5572. O euro comercial caiu 0,49% a R$ 2,232. O Banco Central realizou dois leilões de compra de dólar no mercado à vista, nos quais a taxa de corte foi de R$ 1,556 e R$ 1,558.

O mercado de câmbio doméstico devolveu hoje praticamente toda a alta embutida no dólar nas duas sessões anteriores, reagindo a informações extraoficiais de que a presidente Dilma Rousseff não teria autorizado a adoção de novas medidas cambiais. Apesar de não ter sido confirmada pelo governo, a notícia tirou a força dos alertas feitos na terça-feira e hoje pelo ministro da Fazenda, Guido Mantega, sobre as preocupações com a valorização do real e possíveis medidas, que ajudaram a amparar a subida recente do dólar, disseram operadores de bancos e corretoras de câmbio consultados pela Agência Estado. O cenário externo mostrando um investidor mais disposto a assumir riscos também favoreceu a valorização do real.

Na Europa, o aumento da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) em 0,25 ponto porcentual, para 1,5% ao ano, e a suspensão pela instituição da exigência de limite de rating para aceitar os títulos de Portugal, mesmo com a classificação de alto risco da dívida do país ibérico, deram suporte ao euro. O presidente do BCE, Jean Claude Trichet, por sua vez, alimentou expectativas de eventual nova elevação dos juros na região, ao afirmar que a liquidez permanece ampla e pode alimentar a pressão de alta sobre os preços, apesar de ter omitido o termo "forte vigilância", que tem sido utilizado para sinalizar aperto iminente da política monetária. Nos EUA, os indicadores ficaram melhores do que esperado, alimentando o clima de otimismo nos mercados.

Câmbio turismo

Nas operações de câmbio turismo, o dólar caiu 3,59% hoje, cotado a R$ 1,613 na venda e R$ 1,517 na compra. O euro turismo também registrou queda superior a 3% no dia (-3,18%), negociado a R$ 2,317 na venda e R$ 2,147 na compra.

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