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Dólar cai 1% e vai abaixo de R$3,30 com fluxo de entrada

Com o volume financeiro baixo dos negócios, operações pontuais no mercado de câmbio têm conseguido mexer com mais intensidade as cotações

Dólar: "Contra fluxo não há argumento. E com o volume baixo desses dias, o fluxo dominou", resumiu o diretor de operações da corretora Mirae Asset (Arquivo/Agência Brasil)

Dólar: "Contra fluxo não há argumento. E com o volume baixo desses dias, o fluxo dominou", resumiu o diretor de operações da corretora Mirae Asset (Arquivo/Agência Brasil)

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Reuters

Publicado em 22 de dezembro de 2016 às 17h24.

São Paulo - O dólar fechou esta quinta-feira em baixa de 1 por cento, indo abaixo de 3,30 reais pela primeira em cerca de um mês e meio, derrubado por fluxo de ingresso de recursos no final do pregão.

O dólar recuou 0,98 por cento, a 3,2993 reais na venda, menor nível desde 9 de novembro, quando encerrou a 3,2095 reais. Esse foi o quarto pregão consecutivo de perdas, período no qual acumulou retração de 2,69 por cento.

Na mínima da sessão, a moeda norte-americana marcou 3,2943 reais e, na máxima, 3,3486 reais. O dólar futuro cedia cerca de 0,9 por cento.

"Contra fluxo não há argumento. E com o volume baixo desses dias, o fluxo dominou", resumiu o diretor de operações da corretora Mirae Asset, Pablo Spyer.

Com o volume financeiro baixo dos negócios nestes últimos dias, devido à proximidade das festas de final de ano, operações pontuais no mercado de câmbio têm conseguido mexer com mais intensidade as cotações da moeda norte-americana.

Dessa forma, o dólar aqui operou na contramão da moeda no exterior, onde subia ante algumas divisas de países emergentes como os pesos mexicano e chileno e o rand sul-africano.

Pela manhã, os investidores aguardaram a divulgação de dados relevantes sobre a economia dos Estados Unidos para se posicionar, mas acabaram ficando em segundo plano diante do fluxo. Foram divulgados, entre outros, que a economia norte-americana avançou à taxa anualizada de 3,5 por cento no terceiro trimestre, acima do esperado.

Mas o número de pedidos de auxílio-desemprego subiu 21 mil, para 275 mil na semana encerrada no dia 17, maior nível desde junho e acima da previsão de pesquisa Reuters.

Uma economia mais forte pode obrigar o Federal Reserve, banco central norte-americano, a elevar mais rapidamente os juros no país, o que retiraria recursos de países emergentes como o Brasil. O Fed sinalizou que deve fazer três elevações de juros em 2017.

O Banco Central não anunciou intervenções no mercado de câmbio nesta sessão, pelo menos por enquanto. Ele atuou a última vez em 13 de dezembro.

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