A moeda norte-americana fechou com queda de 0,20 %, cotada a 2,0460 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,3 bilhões de dólares (AFP)
Da Redação
Publicado em 23 de maio de 2013 às 17h31.
São Paulo - O dólar encerrou em queda frente ao real nesta quinta-feira diante de fluxos pontuais de entrada, após avançar até 2,0565 reais na parte da manhã.
A alta inicial da moeda norte-americana foi embalada por preocupações sobre o crescimento da China e sobre uma possível redução das medidas de estímulo monetário nos Estados Unidos.
O Banco Central brasileiro manteve-se fora do mercado mesmo quando o dólar ultrapassava a marca dos 2,05 reais, que muitos analistas acreditavam ser o atual limite de alta tolerado pela autoridade monetária para evitar pressões inflacionárias.
Agora, alguns analistas acreditam que esse teto se encontra em torno de 2,07 reais.
A moeda norte-americana fechou com queda de 0,20 %, cotada a 2,0460 reais na venda. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro ficou em torno de 3,3 bilhões de dólares.
"Houve algumas entradas agora. Além disso, o mercado aqui ainda sente a pressão de que o Banco Central pode entrar, e isso dá um pouco de confiança para o mercado vender dólar a esse preço", disse o operador de câmbio da Renascença, José Carlos Amado.
O dólar avançou cerca 2 % ante o real desde meados de maio devido a crescentes expectativas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, diminua o seu programa de estímulo monetário, o que reduziria a oferta de dólares nos mercados.
Esses temores, aliados a dados fracos de atividade industrial na China divulgados nesta sessão, abalaram o apetite de investidores externos por ativos de risco, como bolsas e commodities e moedas de países emergentes.
Um operador de um banco brasileiro destacou que, não fosse o fluxo cambial positivo nos últimos dias, o dólar estaria em torno de 2,07 reais. Por isso, ele acredita que o BC poderá intervir no mercado caso a moeda ultrapasse este patamar.