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Dólar sobe com temores de novos confinamentos na Europa

França e Reino Unido batem recorde de novos casos de coronavírus; nos EUA, dados econômicos revelam recuperação desacelerada

Dólar caminha para 3ª alta semanal consecutiva (halduns/Getty Images)

Dólar caminha para 3ª alta semanal consecutiva (halduns/Getty Images)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 25 de setembro de 2020 às 09h15.

Última atualização em 25 de setembro de 2020 às 17h49.

O dólar fechou em alta de 1,8% nesta sexta-feira, 25, e encerrou sendo negociado a 5,554 reais na venda, com os investidores com os investidores pessimistas sobre a possibilidade de novas medidas para controlar o coronavírus na Europa, após França e Reino Unido registrarem recorde de novos casos.

“Toda a alegria do mercado com a recuperação em ‘V’ está dando lugar às preocupações sobre um movimento em ‘W’. Se começarem a fechar as economias de novo, vai ser a segunda perna do ‘W’”, afirma Pablo Spyer, diretor de operações da Mirae Asset.

Após o número de novos infectados em um único dia superar 16.000 pela primeira vez na França, o primeiro ministro Jean Castex afirmou que a possibilidade de novos bloqueios no país existe. “Se não agirmos, podemos nos ver em uma situação próxima à da primavera”, disse.

No Reino Unido, os casos diários chegaram a 6.634. “Os sinais são claros. As taxas de positividade estão aumentando em todas as faixas etárias e continuamos a ver picos nas taxas de admissão em hospitais e cuidados intensivos”, afirmou Yvonne Doyle, diretora de Saúde Pública da Inglaterra.

Nos Estados Unidos, os dados de pedidos de bens duráveis saíram abaixo das expectativas, colaborando com o cenário de incertezas econômicas no mercado. Referentes ao mês de agosto, os pedidos tiveram alta mensal de 0,4% ante expectativa de 1,5%. Embora tenha sido o quarto mês alta consecutiva, o resultado sinaliza que a recuperação econômica está perdendo força. No mês anterior, o crescimento dos pedidos foi de 11,7%.

No mercado de câmbio, o dólar se valorizou contra a maioria das principais moedas emergentes, com destaque para o rublo russo, que teve desvalorização superior a 1%. O índice Dxy, que mede o desempenho do dólar perante seus pares desenvolvidos, operou em alta durante todo o dia.

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