Câmbio: logo no início da sessão o Banco Central realizou mais uma etapa de seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio (Bruno Domingos/Reuters)
Da Redação
Publicado em 3 de setembro de 2013 às 11h42.
São Paulo - O dólar operava em alta ante o real nesta terça-feira, em linha com a valorização da divisa no mercado externo graças aos sinais de fortalecimento da economia dos Estados Unidos.
Às 11h28, o dólar avançava 0,80 por cento, a 2,3930 reais na venda, depois de subir mais de 1 por cento após a abertura dos mercados e superar o patamar de 2,40 reais. O volume de negociação estava em 257 milhões de dólares, segundo dados da BM&F.
"O dólar está chegando nos 2,40 reais novamente. Se o objetivo do BC é conter a alta, já está mais do que na hora dele entrar novamente (no mercado)", disse o operador de câmbio da corretora Intercam Glauber Romano, para quem o dólar deve se manter um patamar entre 2,30 reais e 2,50 reais.
Logo no início da sessão o Banco Central realizou mais uma etapa de seu programa de intervenções diárias no mercado de câmbio. A autoridade monetária vendeu a oferta total de 10 milhões de contratos de swap cambial tradicional --equivalente a venda de dólares no mercado futuro-- com vencimento em 2 de dezembro de 2013. O volume financeiro equivalente da operação foi de 498,2 milhões de dólares.
Novas preocupações com um possível ataque militar iminente à Síria também voltavam a impulsionar o dólar, após Israel testar, nesta terça-feira, um sistema antimísseis financiado pelos Estados Unidos no Mediterrâneo sem qualquer aviso prévio.
"Pelas notícias de hoje, um dos focos está sendo o novo fato em relação a Síria", destacou o superintendente de câmbio da Advanced Corretora, Reginaldo Siaca.
Além das preocupações com a Síria, sinais de fortalecimento da economia dos Estados Unidos deram fôlego ao dólar no mercado externo. Em relação a um cesta de moedas, a divisa norte-americana acelerava a alta para 0,45 por cento.
O setor industrial norte-americano cresceu no mês passado no ritmo mais rápido em mais de dois anos, mostrou nesta terça-feira o relatório do Instituto de Gestão de Fornecimento (ISM, na sigla em inglês). Já os gastos com construção aumentaram em julho, à medida que mais despesas para construir moradias e prédios comerciais compensaram a queda no setor governamental.
Os dois dados dão fôlego às especulações de que o Federal Reserve comece a reduzir o programa de compra de ativos na reunião de política monetária prevista para 17 e 18 deste mês.