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Dólar anula queda e sobe mais de 1%, perto de R$3,80

"O clima político azedou de uma hora para a outra e não ajuda que a liquidez está muito baixa", disse o operador de um banco internacional


	Dólares: "O clima político azedou de uma hora para a outra e não ajuda que a liquidez está muito baixa", disse o operador de um banco internacional
 (Andrew Harrer/Bloomberg)

Dólares: "O clima político azedou de uma hora para a outra e não ajuda que a liquidez está muito baixa", disse o operador de um banco internacional (Andrew Harrer/Bloomberg)

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Da Redação

Publicado em 27 de novembro de 2015 às 15h27.

São Paulo - O dólar anulou a queda e passou a subir mais de 1 por cento, a quase 3,80 reais, novamente pressionado pelas incertezas políticas no Brasil em um movimento acentuado pelo baixo volume de negócios.

Às 16:05, o dólar avançava 1,31 por cento, a 3,7957 reais na venda, após chegar a subir a 3,7996 reais na máxima da sessão e cair a 3,7165 reais na mínima.

"O clima político azedou de uma hora para a outra e não ajuda que a liquidez está muito baixa", disse o operador de um banco internacional.

Nesta tarde, uma bateria de notícias voltou a assustar os investidores. A preocupação com a votação da meta de primário do Brasil em 2015, marcada para a noite de terça-feira, levou a presidente Dilma Rousseff a encurtar sua viagem ao exterior, segundo afirmou uma fonte à Reuters.

Operadores citaram também notícia publicada na página da revista Época na internet afirmando que o ex-líder do governo no Senado, Delcídio do Amaral (PT-MS), estaria começando a negociar delação premiada com a Procuradoria-Geral da República (PGR).

Na quarta-feira, a prisão de Delcídio alimentou preocupações com a possibilidade de o governo enfrentar novas dificuldades para aprovar medidas de ajuste fiscal no Congresso, mas essa apreensão perdeu um pouco de força e o mercado teve um dia de mais tranquilidade na sessão passada e até esta tarde.

A alta do dólar também foi acentuada pela liquidez reduzida, já que muitos operadores estrangeiros estão afastados das mesas devido ao feriado do Dia de Ação de Graças nos Estados Unidos, na véspera, que deixou o mercado norte-americano funcionando em horário reduzido nesta sessão.

"O mercado está muito pequeno, sem lote, o que estimula volatilidade", disse o operador da corretora Spinelli José Carlos Amado.

O Banco Central fez nesta manhã o último leilão de rolagem dos swaps cambiais que vencem em dezembro, com oferta de até 12.120 contratos, que equivalem a venda futura de dólares.

Ao todo, rolou 97 por cento do volume total. O próximo lote de swaps que vence em janeiro equivale a 10,694 bilhões de dólares.

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