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Dólar amplia queda e volta a R$ 3,15 com dados fracos nos EUA

Viés de baixa da moeda norte-americana já vinha desde cedo, num movimento de ajuste após duas sessões de alguma elevação

Dólar: moeda norte-americana recuou após a economia dos EUA avançar 1,9 por cento no quarto trimestre de 2016 (foto/Thinkstock)

Dólar: moeda norte-americana recuou após a economia dos EUA avançar 1,9 por cento no quarto trimestre de 2016 (foto/Thinkstock)

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Reuters

Publicado em 27 de janeiro de 2017 às 12h27.

São Paulo - O dólar ampliou a queda e voltava ao patamar de 3,15 reais nesta sexta-feira após a divulgação de dados mais fracos sobre a economia norte-americana, que enfraqueciam um pouco as apostas de que o Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, pode elevar os juros mais do que o esperado.

O viés de baixa da moeda norte-americana já vinha desde cedo, num movimento de ajuste após duas sessões de alguma elevação e diante de expectativas de ingresso de fluxo de recursos por conta de recentes captações de empresas.

Às 12:18, o dólar recuava 0,85 por cento, a 3,1535 reais na venda, após acumular alta de 0,37 por cento nos dois pregões anteriores. O dólar futuro operava com baixa de 0,77 por cento.

A economia norte-americana avançou 1,9 por cento no quarto trimestre de 2016, abaixo dos 2,2 por cento apurado em pesquisa Reuters e bem menor do que a alta de 3,5 por cento do terceiro trimestre. O desempenho foi prejudicado pelas exportações de soja, mas os gastos estáveis do consumidor e o aumento do investimento empresarial sugerem que a economia continuará a crescer.

Com o dado mais fraco, a pressão na inflação tende a diminuir, reduzindo apostas de que o Fed possa elevar os juros ainda mais. Este cenário de mais juros começou a ser desenhado com a vitória de Donald Trump para a Presidência dos Estados Unidos, com temores de que sua política econômica seja inflacionária, o que poderia levar o Fed a elevar mais os juros locais, atraindo para a maior economia do mundo recursos aplicados hoje em outras praças, como a brasileira.

No exterior, o dólar passou a operar praticamente estável ante uma cesta de moedas após os dados sobre o Produto Interno Bruto (PIB) norte-americano. Até então, o indicador mostrava alta após Trump sugerir que levará adiante o imposto de cerca de 20 por cento sobre produtos do México.

Sobre outras moedas de países emergentes, o dólar mostrava queda neste pregão, como frente aos pesos mexicano e chileno.

Internamente, a possibilidade de ingressos de recursos seguia no horizonte dos investidores, com a janela de captações aberta às empresas brasileiras, contribuindo para a manutenção do viés de baixa da moeda norte-americana.

Neste mês, um dos destaques foi a Petrobras,que lançou no mercado internacional 4 bilhões de dólares em bônus em duas tranches.

O Banco Central brasileiro vendeu integralmente o lote de até 15 mil swaps tradicionais --equivalente à venda futura de dólares-- para rolagem dos vencimentos dos contratos em fevereiro.

Com este leilão, o BC já vendeu o equivalente a 5,7 bilhões de dólares para rolar o total de 6,431 bilhões de dólares que vence em fevereiro.

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