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Dólar amplia queda a 1% e vai a R$2,32, de olho em Fed

Movimento de queda vinha também após seis sessões seguidas de alta do dólar no mercado doméstico


	Dólar: às 13h48, a moeda norte-americana caía 0,91 por cento, a 2,3225 reais na venda, mas chegar a 2,3185 reais na mínima da sessão
 (Juan Barreto/AFP)

Dólar: às 13h48, a moeda norte-americana caía 0,91 por cento, a 2,3225 reais na venda, mas chegar a 2,3185 reais na mínima da sessão (Juan Barreto/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2014 às 14h01.

O dólar ampliava a queda e voltava ao patamar de 2,32 reais nesta terça-feira, com investidores reduzindo as apostas de que o Federal Reserve, banco central norte-americano, possa voltar a elevar os juros antes do esperado.

O movimento vinha também após seis sessões seguidas de alta do dólar no mercado doméstico, com investidores aguardando as próximas pesquisas eleitorais e de olho no Banco Central brasileiro.

Às 13h48, a moeda norte-americana caía 0,91 por cento, a 2,3225 reais na venda, mas chegar a 2,3185 reais na mínima da sessão. Segundo dados da BM&F, o giro financeiro estava em torno de 235 milhões de dólares, abaixo da média para o horário.

"O The Wall Street Journal abriu espaço para um grande alívio nos mercados depois de uma semana de preocupações em relação a essa reunião do Fed", afirmou o estrategista sênior de câmbio para mercados emergentes do Scotiabank, Eduardo Suarez.

O veículo publicou um vídeo sugerindo que o Fed manterá a linguagem sobre a taxa de juros próxima de zero no comunicado após a reunião desta quarta-feira. Segundo o jornal, o banco central também provavelmente manterá a referência a "horizonte relevante" sobre quando aumentar a taxa de juros.

Investidores vinham se preparando para possíveis indicações de que os juros norte-americanos poderiam subir mais cedo que o esperado, o que poderia atrair à maior economia do mundo recursos atualmente aplicados em outros países.

O dólar já era negociado em baixa desde o início deste pregão, após ter acumulado alta de 4,66 por cento nas últimas seis sessões, com os investidores aguardando as próximas pesquisas eleitorais.

Recentes levantamentos mostraram a presidente Dilma Rousseff (PT) ganhando terreno e empatando tecnicamente com Marina Silva (PSB) nas eleições presidenciais. O mercado prefere a vitória de Marina, em meio a críticas sobre a condução da política econômica do atual governo.

Na noite passada, foi divulgado levantamento do Vox Populi, mostrando estabilidade nas intenções de voto, com 42 por cento para Marina e 41 por cento para Dilma no segundo turno. E nova pesquisa Ibope deve ser divulgada nesta noite.

Esses fatores levaram o dólar a ultrapassar o patamar de 2,35 reais durante as duas últimas sessões, alimentando expectativas de que o BC intensifique suas atuações no câmbio para evitar impactos inflacionários.

"Todo mundo acha que se (o dólar) firmar acima de 2,35 reais, o BC entra. Mas também não tem muito espaço para cair, por causa do Fed e das eleições", afirmou o superintendente de câmbio da corretora Advanced, Reginaldo Siaca.

Na sexta-feira, uma importante fonte da equipe econômica afirmou à Reuters que o BC poderá aumentar a rolagem de swaps cambiais com o objetivo de reduzir a volatilidade atual do mercado, mas que os leilões com as rações diárias não mudam neste ano.

Por enquanto, o BC não mudou seu ritmo, vendendo a oferta de até 6 mil contratos de swap cambial tradicional, que equivalem a venda futura de dólares, para rolagem nesta manhã. Até agora, o BC rolou cerca de 31 por cento do lote total, que corresponde a 6,677 bilhões de dólares.

Pela manhã, o BC também vendeu a oferta total de até 4 mil swaps pelas atuações diárias, com volume correspondente a 197,9 milhões de dólares. Foram vendidos 2 mil contratos para 1º de junho e 2 mil para 1º de setembro de 2015.

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