Mercados

Dólar sobe em meio ao pessimismo nos mercados internacionais

As vendas no varejo nos Estados Unidos sofreram queda recorde em março com o fechamento de empresas para controlar o surto do novo coronavírus

Dólar: ontem, a moeda americana subiu para 5,1906 reais na venda (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)

Dólar: ontem, a moeda americana subiu para 5,1906 reais na venda (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)

NF

Natália Flach

Publicado em 15 de abril de 2020 às 17h18.

Última atualização em 15 de abril de 2020 às 17h31.

O dólar encerrou o pregão desta quarta-feira em alta, refletindo o clima pessimista nos mercados internacionais. A moeda americana subiu 0,998% para 5,2424 reais.

Durante o pregão, a escalada do dólar chegou a arrefecer com a notícia de que a Alemanha vai reabrir as escolas no início de maio. Segundo Bruno Lima, analista de ações da EXAME Research, investidores têm comparado a curva de casos e falecimentos pelo novo coronavírus na Alemanha com o Brasil. "Nesse sentido, a reabertura das escolas alemãs oferece mais visibilidade de retomada da atividade da economia brasileira", afirma.

A boa notícia, porém, não foi suficiente para conter a aversão a risco dos investidores nem o pessimismo com as estimativas de queda de demanda por petróleo e com a queda histórica das vendas no varejo nos Estados Unidos.

A Agência Internacional de Energia (IEA) projetou nesta quarta-feira um recuo de 29 milhões de barris por dia na demanda por petróleo em abril, para níveis não vistos há 25 anos, alertando que cortes de produção não poderão compensar totalmente a queda do mercado no curto prazo.

A IEA estimou uma queda de 9,3 milhões de bpd na demanda em 2020, apesar de ter qualificado como "um sólido início" o acordo entre produtores para restrições recorde à oferta de petróleo, como resposta à pandemia do coronavírus.

Por sua vez, as vendas no varejo nos Estados Unidos sofreram queda recorde em março uma vez que os fechamentos obrigatórios de empresas para controlar o surto de coronavírus prejudicaram a demanda por uma série de produtos.

O Departamento do Comércio informou nesta quarta-feira que as vendas das varejistas despencaram 8,7% em março, maior queda desde o início da série do governo em 1992.

 

Acompanhe tudo sobre:CâmbioDólar

Mais de Mercados

Ternium x CSN: Em disputa no STF, CVM reforça que não houve troca de controle na Usiminas

Casas Bahia reduz prejuízo e eleva margens, mas vendas seguem fracas; CEO está confiante na retomada

Tencent aumenta lucro em 47% no 3º trimestre com forte desempenho em jogos e publicidade

Ações da Americanas dobram de preço após lucro extraordinário com a reestruturação da dívida