Donald Trump anunciou o plano de tarifas recíprocas, com taxas de 10% a 50% que serão aplicadas sobre as importações de mais de 180 países. (Foto: SAUL LOEB / AFP)
Redação Exame
Publicado em 7 de abril de 2025 às 09h26.
Última atualização em 7 de abril de 2025 às 12h42.
Com as fortes perdas nos mercados de ações globais nesta segunda-feira, 7, o dólar opera em alta de 1,47%, cotado a R$ 5,920, às 12h42. A movimentação ainda é reflexo do pânico dos investidores com a intensificação da guerra comercial, com a China anunciando uma retaliação contra as tarifas dos Estados Unidos.
Os temores começaram quando Donald Trump anunciou o plano de tarifas recíprocas, com taxas de 10% a 50% que serão aplicadas sobre as importações de mais de 180 países. Os Estados Unidos impuseram 34% de taxas extras sobre as importações chinesas, e o governo chinês respondeu com tarifas da mesma magnitude sobre os produtos americanos.
Além disso, o mercado espera que a União Europeia anuncie o que seriam uma resposta ao "tarifaço" de Trump nesta semana.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara, pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão: