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Dólar fecha acima de R$ 5,30 pela primeira vez e tem 7ª semana de alta

Payroll e dados sobre atividade econômica da Europa adicionam maior aversão a risco no mercado

Dólar (Yuji Sakai/Getty Images)

Dólar (Yuji Sakai/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 3 de abril de 2020 às 17h05.

Última atualização em 3 de abril de 2020 às 17h18.

O dólar comercial subiu 1,1%, nesta sexta-feira, 3, e encerrou em 5,326 reais, registrando um novo recorde de fechamento. Com isso, a moeda americana teve a sétima semana consecutiva de alta contra o real. A valorização semanal foi de 4,3%. O movimento, que reflete a maior aversão a risco no mundo, ganhou força com o relatório de empregos urbanos dos Estados Unidos (payroll) e dados negativos sobre a atividade econômica na Europa.  

Divulgado nesta manhã, o payroll dos Estados Unidos registrou o fechamento de 700 mil postos de trabalhos urbanos  em março contra uma expectativa de corte de 100 mil postos. O relatório, que era bastante aguardado pelos investidores, colocou fim à série de crescimento do mercado de trabalho americano, que durava 10 anos.

Os dados sobre pedidos de seguro desemprego nos EUA, divulgados ontem, também surpreenderam o mercado de forma negativa ao registrar mais de 6 milhões de pedidos em apenas uma semana. "O número de desempregados está subindo muito rápido nos EUA, vindo sempre piores do que se esperava", disse Marcel Zambello, analista da Necton Investimentos.

Na Europa, o índice de gerente de compras (PMI) composto de março ficou em 29,7 pontos, muito atrás dos 50 pontos que dividem a expansão da contração da atividade. O número ficou abaixo também da expectativa do mercado, que esperava 31,4 pontos. O destaque negativo ficou para o PMI de serviços da Itália, que registrou 17,4 pontos , quase 5 pontos abaixo da estimativa média.

"Com esse cenário de aversão a risco e políticas monetárias expansionistas, é superplausível ver o dólar chegando a 5,50 reais", afirmou Zambello.

Nesta manhã, o dólar também ganhou força contra a lira turca e o peso mexicano, mas perdeu em relação ao rublo russo, após maior alívio no conflito comercial entre Rússia e Arábia Saudita, envolvendo a produção mundial de petróleo.

Na segunda-feira, 6, os integrantes da OPEP+ (Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados) farão uma reunião virtual para um possível corte de produção. Na quinta-feira, quando o presidente Donald Trump disse esperar que um acordo saia em breve, o petróleo chegou a disparar mais de 25%. Nesta sexta, a commodity voltou a se valorizar.

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