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Dólar abre de lado e tende a seguir fluxo do exterior

Com o recesso em Brasília, a agenda política está adiada; volatilidade do câmbio tende a ser dada pelo fluxo de recursos e pela trajetória do exterior

Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

Notas de real e dólar em casa de câmbio no Rio de Janeiro (Ricardo Moraes/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 23 de dezembro de 2015 às 08h56.

São Paulo – O cenário doméstico continua apontando viés de alta para o dólar ante o real. Porém alguns movimentos pontuais estão segurando as cotações nesta quarta-feira, 23, e o dólar abriu perto da estabilidade. Às 9h18, a moeda à vista era negociada em R$ 3,9921 (+0,02%) e o dólar para janeiro, estável, era cotado em R$ 3,9985.

Entradas de recursos chineses para investimento, quedas nas importações e os leilões de linha do Banco Central têm garantido uma relação entre a demanda e oferta do dólar mais equilibrada do que habitual para esta época do ano. E as pressões de alta recentes da moeda norte-americana ocorreram mais em função da instabilidade política e do desconforto dos investidores com relação às mudanças no comando da Fazenda.

Hoje, a presidente Dilma participa de evento no Rio de Janeiro e pode falar. Lembrando que, ontem o relator das contas do governo de 2014, senador Acir Gurgacz (PDT-RO), apresentou parecer que aprova "com ressalvas" as contas públicas de 2014, contrariando a recomendação do Tribunal de Contas da União (TCU). Uma boa notícia para o governo, embora isso não encerre o tema.

No entanto, com o recesso em Brasília a agenda política está adiada e com a percepção de que não haverá mais notícias negativas vindas de lá, por enquanto, a volatilidade do câmbio tende a ser dada pelo fluxo efetivo de recursos e pela trajetória do exterior. Há pouco, o dólar subia 0,09% em relação a uma cesta de seis moedas fortes no mercado internacional.

Em comparação às principais moedas e commodities, o dólar também avançava levemente, apesar de as principais commodities metálicas e agrícolas, além do petróleo, mostrarem pequena tendência de valorização. A queda dos estoques de petróleo nos EUA surpreendeu e junta-se à promessa da China de redução da produção de mineradoras para dar fôlego aos preços das commodities nos mercados internacionais. Isso sustenta os ganhos das bolsas europeias.

Aqui, o mercado está digerindo o Relatório de Inflação que acaba de ser divulgado e, no início da tarde, serão anunciados os dados da arrecadação.

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