Dólar: moeda não passou de R$ 6, como diz plataforma do Google (Adrienne Bresnahan/Getty Images)
Repórter
Publicado em 6 de novembro de 2024 às 13h53.
Última atualização em 6 de novembro de 2024 às 17h52.
Um erro na plataforma que fornece informações financeiras para o Google causou confusão na manhã desta quarta-feira, 6, devido a uma falha na cotação do dólar frente ao real. Pela plataforma do Google, o dólar teria subido quase 8%, alcançando R$ 6,19. No entanto, na realidade, a máxima do dólar à vista nesta sessão foi de R$ 5,862, com uma alta de 2%.
A valorização teve como pano de fundo a vitória de Donald Trump nas eleições americanas. O consenso de mercado é que as políticas republicanas fortalecerão ainda mais a economia dos Estados Unidos, mas também provocarão uma maior inflação e uma taxa de juros de equilíbrio mais elevada – fatores que favorecem a tese de um dólar mais forte globalmente.
No mercado de futuros, onde há maior liquidez nas negociações de câmbio, a cotação máxima do dólar foi de R$ 5,871, de acordo com dados da B3.
Apesar da valorização no início do dia, o dólar passou a perder força no Brasil e, nesta tarde, é negociado em queda, próximo de R$ 5,71. No exterior, a moeda segue se valorizando. O Índice Dólar (DXY), que mede a variação da moeda americana frente às principais divisas globais, sobe 1,7%, atingindo 105 pontos, o maior patamar desde julho.
O recorde do dólar no Brasil foi de R$ 5,97, atingido em 2020, durante o pico da pandemia do Covid-19.
Dada a imprecisão dos dados, o Google decidiu retirar a informação das buscas.
O Google informou que recursos da Busca, como o câmbio de moeda, são baseados em dados de terceiros. "Em caso de imprecisões, nós removemos as informações da Busca e trabalhamos com o provedor dos dados para ajustá-las o mais breve possível. Mais informações sobre nossas fontes de dados podem ser encontradas", afirmou o Google em nota.