Bovespa: ao término da negociação regular, DI com vencimento em abril de 2015 estava em 12,48% (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 25 de fevereiro de 2015 às 17h24.
São Paulo - O mercado de juros viu no rebaixamento da nota da Petrobras uma razão para embutir prêmios na curva a termo.
As taxas passaram esta quarta-feira, 25, pressionadas, influenciadas por movimento semelhante ao do dólar, em dia de divulgação da arrecadação de janeiro.
Ao término da negociação regular na BM&FBovespa, o DI com vencimento em abril de 2015 (51.140 contratos) estava em 12,48%, de 12,465% no ajuste anterior.
O DI para janeiro de 2016 (141.230 contratos) apontava 13,11%, de 13,10% ontem.
O DI para janeiro de 2021 (77.520 contratos) indicava 12,58%, de 12,54% na véspera.
O movimento nas taxas, contudo, foi mais suave do que se imaginava no começo do pregão, uma vez que a arrecadação de tributos um pouco acima da mediana das projeções não sancionou um aumento mais expressivo dos prêmios.
Além disso, a leitura de parte do mercado de que a perda do grau de investimento pela estatal petrolífera poderá reforçar a urgência do ajuste fiscal, a fim de evitar que o Brasil trilhe o mesmo caminho da Petrobras, contribuiu para a alta mais comedida das taxas.
Segundo a Receita, a arrecadação de tributos e contribuições em janeiro somou R$ 125,282 bilhões, o que representa uma queda real de 5,44% em relação ao igual mês de 2014.
O resultado superou a mediana das estimativas do mercado (R$ 123,0 bilhões, conforme levantamento AE Projeções).
A greve dos caminhoneiros também foi monitorada pelos agentes, embora também não tenha feito preço nos DIs.
Os desdobramentos do caso, no entanto, podem pressionar ainda mais a inflação, o que não quer dizer que o Copom vá aumentar muito mais a Selic, já que a economia está debilitada.
Em tempo, na próxima semana, o Banco Central deve subir a taxa de 12,25% para 12,75% ao ano.
No mercado de câmbio, o dólar terminou o dia em alta de 1,24%, a R$ 2,8690.
A Moody's anunciou na noite de ontem o rebaixamento da Petrobras em dois degraus, para grau especulativo. Há o temor de que a nota do Brasil siga o mesmo caminho.