Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)
Da Redação
Publicado em 20 de março de 2012 às 18h09.
São Paulo - No mercado futuro de juros, as taxas curtas permaneceram praticamente engessadas em grande parte desta terça-feira, cedendo mais no meio da tarde. Os vértices longos e intermediários inverteram a trajetória de alta mantida em grande parte do período da manhã e renovaram mínimas, sob influência do exterior, depois das observações do presidente do Federal Reserve, Ben Bernanke, sobre o ritmo da eventual reversão das políticas adotadas nos Estados Unidos, que também influenciou os Treasuries.
Assim, ao término da negociação normal na BM&F, o DI janeiro de 2013 (189.290 contratos) estava em 8,97%, ante 9,00% no ajuste, enquanto o DI janeiro de 2014 (414.720 contratos) marcava 9,70%, de 9,74% na véspera. O DI janeiro de 2017, com giro de 50.800 contratos, apontava 10,92%, de 10,95% ontem, e o DI janeiro de 2021 (1.320 contratos) indicava a mínima de 11,40%, de 11,44%.
A agenda doméstica fraca nesta terça-feira está mantendo as taxas curtas praticamente sem movimento. Os DIs intermediários e longos chegaram a avançar, mas, no meio da tarde, mudaram de direção depois da citação de Bernanke de que "não podemos reverter as políticas de estímulo muito rapidamente". Após Bernanke, o juro da T-Note de 10 anos também cedeu do maior nível desde outubro, de 2,399% registrados nesta tarde, para 2,374% perto das 16 horas.
As declarações de Bernanke ocorrem em um dia em que o humor dos investidores no ambiente internacional teve recrudescimento em reação ao temor quanto ao ritmo da desaceleração da economia chinesa. Alertas sobre a demanda consumidora no país deprimiram as bolsas mundiais e pesaram sobre o preço do petróleo.