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Direct Edge está perto de pedir para operar bolsa no Brasil

Empresa quer crescer fora dos EUA e deve pedir aprovação à CVM em breve para operar serviço no país


	Bolsa de valores: pedido da Direct Edge para operar bolsa no Brasil deve ser feito à CVM dentro de semanas
 (GettyImages)

Bolsa de valores: pedido da Direct Edge para operar bolsa no Brasil deve ser feito à CVM dentro de semanas (GettyImages)

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Da Redação

Publicado em 15 de janeiro de 2013 às 17h13.

São Paulo - A Direct Edge, quarta maior operadora de bolsa de valores dos Estados Unidos, deve submeter "em questão de semanas" um pedido de aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para operar o serviço de bolsa de valores no Brasil , disse nesta terça-feira à Reuters um executivo sênior da companhia.

Se reguladores brasileiros aprovarem a aplicação dentro do limite legal de 180 dias, isso poderia trazer à BM&FBovespa , a única operadora de bolsa de valores do Brasil, sua primeira grande rival no maior mercado acionário da América Latina.

Executivos da empresa baseada em Jersey City, New Jersey, estão "colocando os toques finais na aplicação", disse o chefe de estratégia da Direct Edge, Anthony Barchetto. A companhia ainda acredita que a melhor opção para serviços de clearing, registro e custódia seria alugá-los da BM&FBovespa.

O plano é parte dos esforços da Direct Edge de crescer fora dos EUA, buscando mercados com alto potencial de crescimento e volumes robustos de negociação.

Notícias sobre os planos da Direct Edge levaram as ações da BM&FBovespa para uma baixa de 2,45 por cento, com temores sobre a possibilidade de que a posição dominante da bolsa paulista seja desafiada.

"Estamos bastante satisfeitos com a disposição da CVM em aceitar nossa aplicação", disse Barchetto em entrevista ao telefone, reiterando que a Direct Edge planeja ter como base de operações brasileiras o Rio de Janeiro.


Sob as atuais regras, a BM&FBovespa desfruta de um quase monopólio sobre todos os serviços de negociações, clearing e conexão de pedidos de compra e venda --uma parte estratégica de qualquer operação de negociações e que exige um imenso investimento de tempo e dinheiro.

O presidente-executivo da Direct Edge, William O'Brien, disse em julho que a companhia não descarta a possibilidade de trabalhar com plataformas diferentes de negociações e liquidação e custódia caso as discussões com a BM&FBovespa sobre o compartilhamento de serviços de clearing não avancem.

A Direct Edge é controlada por um consórcio que inclui International Securities Exchange, Citadel Derivatives Group, Goldman Sachs e JPMorgan Chase.

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