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Direct Edge cobra acesso à CBLC até janeiro de 2014

Presidente da operadora, William O'Brien, cobrou garantia de acesso à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia

O'Brien: a Direct Edge espera ter acesso à CBLC até janeiro de 2014 (Lucas Jackson/Reuters)

O'Brien: a Direct Edge espera ter acesso à CBLC até janeiro de 2014 (Lucas Jackson/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2012 às 11h28.

Rio de Janeiro - O presidente da operadora de bolsa norte-americana Direct Edge, William O'Brien, cobrou de autoridades brasileiras nesta sexta-feira a garantia de acesso à Companhia Brasileira de Liquidação e Custódia (CBLC).

"Essa questão da CLBC é muito importante. Essa questão da liquidação é vista como algo essencial para a introdução da concorrência", disse o executivo a jornalistas. "O governo efetivamente deu acesso à introdução da concorrência em 2011, na Austrália", acrescentou ele.

A Austrália tem sido o principal país de comparação com o Brasil, por ter características parecidas com o mercado local. A abertura da concorrência no país ocorreu no final de 2011.

Em maio, o diretor de estratégia corporativa da Direct Edge, Anthony Barchetto, afirmou que a companhia pediria este mês aval da Comissão de Valores Mobiliários para poder operar como bolsa de valores no Brasil .

Segundo O'Brien, a Direct Edge espera ter acesso à CBLC até janeiro de 2014.

Dependendo do que decidir a CVM, a BM&FBovespa poderia ser obrigada a vender serviços de clearing para concorrentes. A bolsa paulista tem manifestado desinteresse em vender agora serviços a terceiros, porque está investindo na integração de suas quatro clearings, o que deve ficar pronto só em 2014.

Esta semana, a BM&FBovespa rebateu conclusões de um estudo sobre competição no mercado de bolsas do país contratado pela CVM. Uma delas é que tarifas elevadas são cobradas no país em comparação com outras praças .

A Direct Edge é controlada por um consórcio de corretoras e bancos, incluindo Goldman Sachs Group e Citadel, e é o quarto maior grupo de bolsa dos Estados Unidos, com uma participação de mercado de 9 por cento de todas as transações.

A companhia quer tirar vantagem do rápido crescimento dos mercados financeiros do Brasil. A empresa vai basear suas operações no Rio de Janeiro e ofercer negociação de ações, ETFs e recibos de ações.

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