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Direcional: ações aguardam nova oferta pública para aumentar ganhos, diz Fator

Analistas recomendam manutenção dos papéis da companhia, que divulgou aumento do número de vendas em prévia do resultado do quarto trimestre

Condomínios populares são aposta da Direcional Engenharia (Divulgacao/EXAME.com)

Condomínios populares são aposta da Direcional Engenharia (Divulgacao/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 9 de julho de 2012 às 14h47.

São Paulo – Com aumento de 36% no total de lançamentos em 2010, a Direcional Engenharia (DIRR3) surpreendeu o mercado com números acima do consenso, conforme prévia do resultado do quarto trimestre divulgada pela companhia na segunda-feira (10) . No entanto, ainda que a notícia seja positiva, não é vez dos números serem assimilados pelas ações, diz a equipe de análise da corretora Fator em relatório da terça-feira (11).

Para os analistas Eduardo Silveira e René Brandt, os papéis tem um catalisador mais forte no curto prazo: a conclusão da nova oferta de ações da companhia, prevista para fevereiro. A estimativa é que a partir de então os preços dos papéis reflitam os fundamentos. “Com a oferta secundária, a companhia pretende elevar o free float e aumentar a liquidez das ações”, explicam.

A corretora reitera a manutenção das ações, e preço-alvo de 17 reais para dezembro deste ano. As ações da Direcional negociam a múltiplo de preço sobre valor patrimonial ajustado de 1,4 vez, com prêmio em relação à média do setor de 1 vez, justificado pela rentabilidade superior (retorno sobre patrimônio de 21% nos últimos 12 meses).

Entre os destaques do resultado, os analistas ressaltam o bom desempenho das vendas contratadas, especialmente na faixa de renda de zero a três salários mínimos. “A Direcional é das poucas empresas listadas que atende clientes com renda de até três salários mínimos, com atuação em regiões mais afastadas dos grandes centros urbanos e, adicionalmente, opera na modalidade de empreiteira”. Durante o quatro semestre de 2010, o volume de lançamentos somou 415 milhões de reais. O total de lançamentos em 2010 foi de 1.067 milhões de reais, um crescimento de 36% ao ano.

Com balanços financeiros fortalecidos e o dinheiro captado na oferta à disposição, as estimativas para a companhia em 2011 também são positivas. “A companhia deve utilizar os recursos captados na oferta de ações e o baixo nível de endividamento para realizar aquisições”, projetam os analistas.

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