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Diplomação de Lula, PEC na Câmara, exterior à espera de Fed e CPI e o que mais move o mercado

Presidente eleito deverá anunciar novos nomes para ministérios nesta segunda, após diplomação do TSE

Luiz Inácio Lula da Silva: presidente eleito em anúncio da primeira leva de ministros (Andressa Anholete/Bloomberg)

Luiz Inácio Lula da Silva: presidente eleito em anúncio da primeira leva de ministros (Andressa Anholete/Bloomberg)

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Guilherme Guilherme

Publicado em 12 de dezembro de 2022 às 07h37.

Última atualização em 12 de dezembro de 2022 às 09h44.

Bolsas internacionais operam perto da estabilidade na manhã desta segunda-feira, 12, com investidores à espera de divulgações macroeconômicas nos Estados Unidos. A grande expectativa é para a última decisão do Federal Reserve (Fed) do ano, marcada para quarta-feira, 15. Seguem majoritárias as aspostas de que o banco central americano irá abrandar o ritmo da alta de juros para 0,50 ponto percentual (p.p.) após subir em 0,75 p.p. por quatro reuniões consecutivas. Se confirmada, a taxa de juros americana irá para o intervalo entre 4,25% e 4,50%.

Além da decisão, investidores estarão atentos aos sinais do presidente do Fed, Jerome Powell, após o anúncio da taxa de juros. O mercado quer saber quão próximo está o fim do ciclo de alta de juros e por quanto tempo o juro deve permanecer elevado antes do início do ciclo de cortes.

O desejo é de que o período seja breve. Por outro lado, dados americanos ainda mostram um mercado de trabalho apertado, com pressões de salários acima do esperado -- o que poderia retroliamentar a inflação. Por sinal, dados de inflação, que vinham saindo abaixo das expectativas, voltaram a pregar maior cautela nos investidores. Na semana passada, o Índice de Preço ao Produtor (PPI, na sigla em inglês) de novembro subiu acima do consenso nos Estados Unidos. A espera, agora, é para o Índice de Preço ao Consumidor (CPI, na sigla em inglês), que será divulgado nesta terça-feira, 13.

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Desempenho dos indicadores às 7h30 (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,14%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,21%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 0,24%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,14%
  • DAX (Frankfurt): - 0,17%
  • CAC 40 (Paris): - 0,04%
  • Hang Seng (Hong Kong)*: - 2,20%
  • Shangai Composite (Xangai)*:  - 0,45%

Diplomação de Lula

No Brasil, o principal evento do dia deve ficar com a diplomação do presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e seu vice-presidente Geraldo Alckmin. A cerimônia, realizada pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), está marcada para às 14h. A expectativa é de que, após a diplomação, Lula faça o anúncio de novos ministros que irão compor seu governo.

Na sexta-feira, 9, Lula anunciou sua primeira leva de ministros, que contou com Fernando Haddad para o Ministério da Economia. Ainda que negativa, do ponto de vista do mercado, a escolha teve efeitos limitados no último pregão, com o Ibovespa fechando em leve alta. Isso porque, como já era amplamente esperada a indicação de Haddad para a Economia, o evento já vinha sendo precificado há algumas semanas. No pregão anterior ao anúncio, inclusive, a bolsa fechou no menor nível desde agosto.

Ainda que boa parte da espera já tenha terminado, o mercado segue ansioso pelos nomes que formarão sua equipe. A esperança de investidores é de que a escolha seja por economistas de alta credibilidade, com Haddad exercendo uma posição mais política no ministério. Surpresas negativas nessa frente têm potencial de levar a bolsa ainda mais para baixo.

Leia mais: Diplomação de Lula e Alckmin acontece nesta segunda-feira. Como funciona a cerimônia no TSE?

PEC e a Câmara contra tempo

Paralelamente às movimentações no Executivo, o Congresso chega para sua última semana antes do recesso parlamentar com o objetivo de concluir a tramitação da PEC da Transição. O texto, após ter passado pelo Senado, ainda precisa ser aprovado em dois turnos na Câmara. Alterações na proposta, contudo, podem levar a PEC de volta ao Senado, atrasando ainda mais o processo.

Para não perder tempo, o presidente da Câmara, Arthur Lira, já pautou as discussões da PEC para esta segunda. Mas, segundo o UOL, a votação deve ficar apenas para amanhã. O texto que chega à Câmara prevê o aumento do teto de gastos em R$ 145 bilhões por dois anos para acomodar as despesas com o Bolsa Família e mais até R$ 23 bilhões fora do teto atrelado ao excedente da receita.

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