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Dia tem IPCA e medidas cambiais aqui; juro na Europa

Divulgação do indicador deve repercutir de uma forma que pode frustrar o governo brasileiro

Mantega anunciou a decisão ampliar a taxação sobre os empréstimos no exterior, estendendo para dois anos o prazo das captações sujeitas à alíquota de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (Wikimedia Commons)

Mantega anunciou a decisão ampliar a taxação sobre os empréstimos no exterior, estendendo para dois anos o prazo das captações sujeitas à alíquota de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (Wikimedia Commons)

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Da Redação

Publicado em 7 de abril de 2011 às 07h56.

São Paulo - A inflação é destaque na pauta brasileira nesta quinta-feira, particularmente com a divulgação do IPCA de março, mas a ampliação da taxação de captações no exterior deve repercutir --embora talvez não como o governo gostaria em um primeiro momento. Havia expectativas de alguma medida mais agressiva, e isso pode levar a alguma correção de baixa do dólar ante o real nesta sessão.

O governo brasileiro decidiu ampliar a taxação sobre os empréstimos no exterior, estendendo para dois anos o prazo das captações sujeitas à alíquota de 6% de Imposto sobre Operações Financeiras (IOF). A nova medida vale a partir de quinta-feira.

No caso do IPCA, pesquisa Reuters aponta alta de 0,70%, resultado da mediana de 17 projeções que variaram de 0,54% a 0,78%. Em fevereiro, houve variação positiva de 0,80%.

Do exterior, a Europa destacava-se sob os holofotes. Não se espera algo diferente para a reunião do Banco Central Europeu além da alta do juro de 1 para 1,25 por cento, mas o euro hoje recuava após tocar a máxima desde janeiro de 2010 na véspera, com investidores no aguardo do discurso do presidente do BCE, Jean-Claude Trichet às 9h30.

A decisão de Portugal em buscar ajuda repercutia bem nas bolsas do continente. Na quarta-feira, o primeiro-ministro interino, José Sócrates, anunciou estar requisitando ajuda financeira da União Europeia, dizendo que os riscos para a economia tornaram-se grandes demais para o país ficar sozinho, já que os custos de financiamento saltaram recentemente.

A ministra da Economia da Espanha, Elena Salgado, disse que a Espanha não irá seguir Portugal na procura de ajuda financeira à União Europeia. "(O risco do contágio) é absolutamente descartado ...já faz algum tempo desde que os mercados sabem que a nossa economia está muito mais competitiva ", ministro da Economia, Elena Salgado, disse à estação de rádio nacional SER.

O europeu FTSEurofirst 300 avançava 0,23 por cento às 7h30, enquanto o euro recuava 0,45 por cento, a 1,4274 dólar. Tal movimento ajudava na alta de 0,22 por cento do índice DXY, que mede o valor do dólar ante uma cesta com as principais divisas globais, apesar do declínio da moeda norte-americana ante o iene, de 0,44 por cento, a 85,07 ienes.

Em outros mercados acionários, as variações eram mais contidas e divergentes. O futuro do norte-americano S&P-500 perdia 0,08 por cento --1,10 ponto--, em uma sessão fraca de divulgações nos Estados Unidos. O índice MSCI para ações globais caía 0,08 por cento, enquanto para ações emergentes recuava 0,36 por cento.

No Japão, o Nikkei fechou com alta de 0,11 por cento por cobertura de posições vendidas. O índice da bolsa de Xangai subiu 0,22 por cento e atingiu o maior patamar este ano amparado em perspectivas positivas para os resultados corporativos trimestrais. O índice MSCI de ações da região Ásia-Pacífico com exceção do Japão oscilava praticamente estável.

Entre as commodities, o petróleo era transacionado ao redor da estabilidade, a 108,78 dólares o barril, nas operações eletrônicas em Nova York. Em Londres, o Brent cedia 0,28 por cento, a 121,96 dólares.

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