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Dia positivo no exterior faz Ibovespa fechar no azul

O principal índice da bolsa brasileira subiu cerca de 1 por cento ajudada pelo dia positivo no exterior


	Bovespa: o Ibovespa subiu 1,01 por cento, a 50.837 pontos
 (Paulo Fridman/Bloomberg News)

Bovespa: o Ibovespa subiu 1,01 por cento, a 50.837 pontos (Paulo Fridman/Bloomberg News)

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Da Redação

Publicado em 21 de junho de 2016 às 17h53.

São Paulo - A bolsa brasileira fechou em alta de 1 por cento nesta terça-feira, ajudada pelo dia positivo no exterior e pela devolução de perdas de ações de bancos, com a amenização de preocupações sobre as possíveis repercussões do pedido de recuperação judicial da operadora de telefonia Oi.

O Ibovespa subiu 1,01 por cento, a 50.837 pontos, na quinta alta consecutiva. O giro financeiro totalizou 5,65 bilhões de reais.

As bolsas norte-americanas subiram, após a chair do Federal Reserve, Janet Yellen, ter reiterado uma postura cautelosa para elevar os juros, enquanto o banco central norte-americano busca confirmação de que a recuperação econômica do país continua nos trilhos. O avanço em Wall St e nas bolsas europeias, diante de menores temores de que a Grã-Bretanha vá votar pela saída da União Europeia, ajudou a Bovespa a mudar o sinal para o positivo.

A bolsa paulista chegou a cair mais de 1 por cento mais cedo. O pedido de recuperação judicial da Oi, maior concessionária de telefonia do país, repercutiu nas ações de bancos devido à perspectiva de que as instituições aumentem provisões para perdas com empréstimos, mas também por conta do temor de que outras empresas endividadas possam seguir o mesmo caminho da operadora.

"O mercado teme um risco de contaminação nos bancos, vemos empresas no Brasil extremamente endividadas e portanto isso acaba deixando o investidor um pouco mais temeroso", disse o analista Raphael Figueredo, da Clear Corretora.

O presidente da associação de bancos Febraban, Murilo Portugal, afirmou em evento mais cedo, em São Paulo, que o sistema financeiro do país está preparado para uma eventual sequência de pedidos de recuperação judicial por parte de grandes empresas brasileiras.

DESTAQUES

--OI teve queda de 8,73 por cento nas ações ordinárias e de 18,18 por cento nas preferenciais, após a empresa e seis subsidiárias entrarem com o pedido de recuperação judicial na segunda-feira em meio ao fracasso em negociações para reestruturar 65,4 bilhões de reais em passivos.

Os papéis, que não fazem parte do Ibovespa, acumulam queda de mais de 50 por cento no ano.

--BANCO DO BRASIL ficou com a maior queda do Ibovespa, de 4,46 por cento. O Credit Suisse avalia que o BB deve ter a maior exposição de empréstimos à Oi, 5,9 bilhões de reais.

--ITAÚ UNIBANCO reduziu queda durante o dia para fechar com ligeira desvalorização de 0,03 por cento e BRADESCO virou para alta de 1,18 por cento nas preferenciais.

--CONTAX, fora do Ibovespa, teve queda de 27,47 por cento, uma vez que a empresa de centrais de atendimento de clientes tem a Oi como um de seus principais clientes.

--TIM e TELEFÔNICA BRASIL, rivais da Oi, subiram 1,91 e 1,38 por cento, respectivamente.

--KROTON subiu 5,03 por cento depois de melhorar sua oferta de aquisição da ESTÁCIO, cujos papéis fecharam em alta de 2,27 por cento. A família Zaher, segunda maior acionista da Estácio, planeja votar contra a proposta de aquisição da companhia pela Kroton, disse à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto. Posteriormente, uma fonte a par dos planos da Kroton afirmou que a proposta de relação de troca oferecida pelo grupo é final e não será alterada. Enquanto isso, as ações da Ser Educacional subiram 3,35 por cento. O presidente-executivo da companhia afirmou à Reuters que a Ser está disposta a rediscutir proposta de fusão com a Estácio.

--COPEL avançou 4,45 por cento, reagindo à aprovação pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) da aplicação de redução média de 12,87 por cento nas tarifas da Copel Distribuição. Segundo o analista Vitor Suzaki, da corretora Lerosa, a decisão, que considera o menor peso de componentes financeiros nas tarifas em relação a 2015, melhora a imagem da Aneel perante o mercado. Além disso, a redução no custo para clientes pode elevar a demanda em um momento de custos pressionados pela inflação para o setor industrial.

--CEMIG, também do setor elétrico, subiu 3,54 por cento. A Aneel também aprovou duas medidas regulatórias que podem ajudar a reduzir a sobrecontratação existente hoje no mercado de energia elétrica.

--GOL, fora do Ibovespa, subiu 4,48 por cento. A ação da companhia inverteu queda após a Câmara dos Deputados aprovar o fim do limite para participação estrangeira em companhias aéreas brasileiras. A ação da SMILES , controlada da Gol, também se beneficiou, com alta de 5,1 por cento.

--PETROBRAS subiu 3,81 por cento nas preferenciais e 1,79 por cento nas ações ordinárias, uma vez que o petróleo reduziu perdas no exterior.

Texto atualizado às 17h53

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