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Despesas e B2W pressionam lucro da Americanas; ações caem

A companhia encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 37,7 milhões de reais, abaixo da média esperada por seis analistas, de ganho de 46 milhões de reais


	Central do Submarino: às 15h30, as ações da varejista registravam queda de 4,33 %, a 14,36 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,02 %
 (LUIS USHIROBIRA)

Central do Submarino: às 15h30, as ações da varejista registravam queda de 4,33 %, a 14,36 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,02 % (LUIS USHIROBIRA)

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Da Redação

Publicado em 15 de agosto de 2012 às 19h25.

São Paulo - A Lojas Americanas decepcionou o mercado nesta quarta-feira ao apresentar lucro 13 % menor para o segundo trimestre, prejudicado por maiores despesas, endividamento e mais um prejuízo da sua controlada B2W, o que fazia com que as ações da varejista se desvalorizassem em mais de 4 %.

A companhia encerrou o segundo trimestre com lucro líquido de 37,7 milhões de reais, abaixo da média esperada por seis analistas, de ganho de 46 milhões de reais, segundo pesquisa da Reuters.

Entre janeiro e junho, a empresa viu a linha das despesas financeiras aumentar em 32,8 % ante o primeiro semestre de 2011, em função do alongamento do perfil da dívida e da estratégia de investimento em curso.

Ao final de junho, o endividamento total da Americanas somava 5,5 bilhões de reais, pressionado principalmente pelos aportes que vêm sendo feitos em expansão da rede de lojas e melhorias nas operações da B2W.

Na primeira metade de 2012, os investimentos totalizaram 283,2 milhões de reais, com foco principalmente em expansão, reforma de lojas, logística e tecnologia. A empresa informou ter mais de 80 lojas contratadas ou em estágio avançado de negociação.

O resultado também foi prejudicado pelo calendário. Enquanto em 2011 a Páscoa foi comemorada em 24 de abril, neste ano o feriado ocorreu em 8 de abril, concentrando as vendas do período no primeiro trimestre.

Ainda entre os efeitos negativos, um novo prejuízo apurado pela B2W, de 39 milhões de reais no segundo trimestre, também pesou sobre o balanço consolidado da companhia.


"Assim como no trimestre passado, a Lojas Americanas cresce organicamente, avançando em receitas e margens, contudo, continua com seu resultado impactado, negativamente, pelo aumento das despesas financeiras e, novamente, pelo resultado da B2W", afirmou a equipe do BB Investimentos, em relatório.

Às 15h30, as ações da varejista registravam queda de 4,33 %, a 14,36 reais, enquanto o Ibovespa tinha alta de 0,02 %. Os papéis da B2W recuavam 3,42 %.

A Americanas teve receita líquida de vendas e serviços de 2,566 bilhões de reais no trimestre passado, alta anual de 5,3 %. Já o custo de mercadorias vendidas e serviços prestados cresceu 5 %, a 1,796 bilhão de reais.

O resultado financeiro líquido da rede de varejo apresentou alta de 11 % nas despesas, a 190,6 milhões de reais.

A geração de caixa medida pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) somou 311 milhões de reais, ligeiro aumento de 3,7 % ano a ano. No período, a margem ficou praticamente estável, em 12,1 %.

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