Bovespa: sobre a bolsa brasileira, estrategista destacou que ela andará quando custo de capital cair (Germano Lüders/EXAME)
Da Redação
Publicado em 9 de dezembro de 2014 às 14h16.
São Paulo - O estrategista-chefe da Itaú BBA Corretora, Carlos Constantini, disse, nesta terça-feira, 9, que o fim do superciclo das commodities fez com que os mercados desenvolvidos voltassem a ter performance mais positiva do que os emergentes.
Constantini citou que o mercado de renda variável no Brasil foi um dos que apresentaram um dos piores retornos entre os emergentes e, ao mesmo, tempo, o de maior volatilidade.
"O Brasil alternou momentos de pior e melhor mercado ao longo do ano", disse.
Um exemplo claro de como foi o ano para o mercado de ações, o estrategista lembrou do ano fraco para o mercado de capitais, com apenas um follow on e um IPO (oferta inicial de ações, na sigla em inglês).
"2014 não foi um ano fácil para investidores, para o mercado de capitais e para as empresas emissoras", destacou.
Constantini disse ainda que não dá para dizer que as ações negociadas na bolsa brasileira estejam, no geral, baratas.
"O Brasil não é exatamente uma bolsa descontada. Há papéis descontados".
Pela primeira vez em três anos, segundo ele, os preços em bolsa caíram mais do que os lucros.
O estrategista disse que no início do ano havia uma expectativa muito inflada em relação ao crescimento das companhias brasileiras, mas que agora houve um ajuste.
"Parece que o ciclo de revisão de resultados para baixo está chegando ao fim", disse.
Diante desse cenário, Constantini disse que a aposta da corretora está na bolsa do México e da Colômbia.
Sobre a bolsa brasileira, ele destacou que ela andará quando o custo de capital cair.
"Estamos underweight em relação ao Brasil por conta do custo de oportunidade", disse, lembrando que a ações interessantes, mas que o otimismo é seletivo.