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Descolada do exterior, Bovespa cai para mínimas do dia

O Ibovespa iniciou a tarde renovando as pontuações mínimas do dia, com perdas de quase 2%

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

Pregão da Bovespa (Divulgação/BM&FBovespa)

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Da Redação

Publicado em 22 de maio de 2012 às 13h49.

São Paulo - Na contramão do sinal positivo que prevalece nos mercados internacionais, a Bovespa opera em queda desde a abertura do pregão desta terça-feira. O Ibovespa iniciou a tarde renovando as pontuações mínimas do dia, com perdas de quase 2%. Segundo profissionais consultados pela Agência Estado, a Bolsa devolve parte da alta de quase 4% apurada na sessão anterior.

O gestor de renda variável da Infity Asset, George Sanders, diz que também há certa "decepção" dos investidores, com as mais recentes medidas de estímulo anunciadas pelo governo brasileiro. "Esperava-se que fossem atingir mais setores", declara, lembrando que o governo poderia impulsionar, inclusive, segmentos mais representativos em Bolsa, como o de construção civil.

Além disso, Sanders afirma que essas ações, juntamente com uma nova rodada de medidas macroprudenciais pelo Banco Central, esfriam as apostas de um corte mais agressivo, de 0,75 ponto porcentual, na taxa básica de juros (Selic), "o que não é bom para a Bolsa".

Para um operador da mesa de renda variável de uma corretora paulista, "ainda há uma ferida aberta" dos investidores com o Brasil, principalmente os estrangeiros, em meio ao sentimento de ingerência política em algumas empresas nacionais. Mesmo assim, ele diz que as corretoras que atendem, em sua maioria, clientes não-residentes no País, atuam mais fortemente na ponta compradora.

Às 13h30, o Ibovespa caía 1,95%, para 55.486,29 pontos, não muito distante da mínima do dia, aos 55.468 pontos. O volume financeiro somava R$ 3,5 bilhões, projetando giro de R$ 7 bilhões ao final do dia.

No mesmo horário, em Wall Street, os índices Dow Jones e S&P 500 subiam 0,30% e 0,54%, respectivamente. As Bolsas de Londres, Paris e Frankfurt fecharam em alta de quase 2%. Por lá, a alta acima das estimativas das vendas de moradias usadas nos Estados Unidos e a melhora inesperada da confiança do consumidor na zona do euro ofuscam a queda da atividade industrial na unidade de Richmond do Federal Reserve, estimulando os negócios.

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