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Depoimento de Powell, reunião de Haddad e Campos Neto, balanços e o que mais move os mercados

Em todo o mundo, investidores esperam pistas sobre a próxima decisão de juros, que será tomada em duas semanas; por aqui, novas regras fiscais ainda são a bala de prata

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Painel de cotações da B3 (Germano Lüders/Exame)

Publicado em 7 de março de 2023 às 06h53.

A expectativa do mercado global está na fala de Powell, presidente do Federal Reserve, por isso as bolsas estão em compasso de espera. Os índices futuros de Nova York e as bolsas da Europa subiam no começa dessa manhã, mas os asiáticos operaram mistos, também refletindo os números da balança chinesa.

Por aqui, o destaque segue na elaboração das novas regras fiscais. Ontem, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que ele e sua equipe concluíram a modelagem do novo arcabouço fiscal, que deve substituir o teto de gastos. Hoje, Haddad se reúne com Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, para tratar de assuntos de interesses da pasta e do BC, e os investidores vão ficar de olho nesse encontro.

Desempenho dos indicadores às 6h30 (de Brasília):

Dow Jones futuro (Nova York): + 0,16%

S&P 500 futuro (Nova York): + 0,25%

Nasdaq futuro (Nova York): +0,35%

DAX (Frankfurt):+0,30%

CAC 40 (Paris): +0,25%

FTSE 100 (Londres): +0,21%

Stoxx 600 (Europa): +0,18%

Hang Seng (Hong Kong): - 0,33%

Depoimento de Powell

O grande assunto nos Estados Unidos será o depoimento do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, que fala no Congresso hoje e amanhã. O presidente irá comentar o Relatório de Política Monetária divulgado na última sexta-feira, e investidores esperam pistas sobre a próxima decisão de juros, que será tomada em duas semanas.

No começo do ano a expectativa era de alta mais branda, mas as últimas semanas foram de dados mostrando que a inflação nos EUA ainda não arrefeceu. O Índice de Preço ao Consumidor dos Estados Unidos (CPI, na sigla em inglês) veio acima do esperado, assim como os preços de consumo (PCE) – indicador observado pelo Fed para tomar decisões.

Com os novos dados, 30% do mercado estima uma alta ainda mais dura para a próxima reunião, de 0,5 ponto percentual (p.p.) aponta o CME Group. A última alta de juros do Fed foi de 0,25 p.p..

Veja também

Balança da China

As exportações da China no período de janeiro a fevereiro caíram, indicando a continuidade da demanda fraca em todo o mundo e no país. Isso dá apoio às preocupações do governo de que uma desaceleração global prejudicará a recuperação chinesa dos danos causados pela pandemia.

As commodities podem ter impacto desses números. No entanto, nesta terça-feira, os contratos futuros de minério de ferro de Dalian subiram, com o clima mais quente aumentando as expectativas de uma recuperação na demanda por aço e o mercado focado em melhorar os fundamentos do consumo.

O contrato de minério de ferro mais negociado para maio na Dalian Commodity Exchange (DCE), da China, encerrou as negociações diurnas em alta de 1,34%, a 909,5 iuanes (US$ 131,09) a tonelada, após uma queda de 2,13% na segunda-feira.

Temporada de balanços

A temporada de balanços continua nesta terça-feira, 6, com os resultados de Grupo Soma (SOMA3), Raia Drogasil (RADL3) e Simpar (SIMH3) após o fechamento do mercado. O Grupo Soma encara perspectivas positivas para o ano. A expectativa é de vendas próximas aos R$ 6 bilhões, como a Revista Exame apontou no último mês. Destaque para Hering e Farm (especialmente na divisão internacional desta última).

Como o Ibovespa fechou ontem?

Ibovespa, principal índice da bolsa brasileira, subiu 0,8% na última segunda-feira, 6, 104.827 pontos. O dia positivo foi embalado pela disparada das ações de empresas aéreas, com Azul (AZUL4) subindo quase 40%. O Ibovespa subiu aos 105.171 pontos na máxima. Na mínima do dia, o índice foi aos 103.170 pontos. 

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