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Déficit de 170 bi; Votação na terça…

O tamanho do rombo O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta sexta-feira um déficit fiscal de 170,5 bilhões de reais em 2016, antecipando o anúncio previsto para segunda-feira 23. As previsões eram de um rombo de até 200 bilhões de reais. Ficou de fora desse cálculo uma eventual capitalização da estatal Eletrobras, que ainda […]

HENRIQUE MEIRELLES: ministro anunciou meta fiscal nesta sexta-feira / José Cruz/ Agência Brasil (José Cruz/Agência Brasil)

HENRIQUE MEIRELLES: ministro anunciou meta fiscal nesta sexta-feira / José Cruz/ Agência Brasil (José Cruz/Agência Brasil)

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Da Redação

Publicado em 20 de maio de 2016 às 18h56.

Última atualização em 23 de junho de 2017 às 18h52.

O tamanho do rombo

O ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, anunciou nesta sexta-feira um déficit fiscal de 170,5 bilhões de reais em 2016, antecipando o anúncio previsto para segunda-feira 23. As previsões eram de um rombo de até 200 bilhões de reais. Ficou de fora desse cálculo uma eventual capitalização da estatal Eletrobras, que ainda não está fechada. “Existem margens para incertezas com despesas ainda fora de controle, mas certamente é uma meta realista”, disse Meirelles. O governo Dilma previa um déficit de 96,65 bilhões de reais. A estimativa de receita foi reduzida de 1,103 trilhão para 1,077 trilhão de reais, queda real de 4%. Meirelles afirmou que o contingenciamento de 44 bilhões de reais, proposto pelo governo anterior, não é compatível e será revertido em 21,2 bilhões de reais. O presidente do Congresso Nacional, Renan Calheiros (PMDB-AL), informou que irá votar a meta fiscal na terça-feira 24 diretamente no plenário, sem passar pela Comissão Mista de Orçamento (CMO), como de praxe.

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À espera de Temer

A bolsa não acompanhou o ambiente positivo no exterior e fechou o dia em sua quarta queda consecutiva. O Ibovespa caiu 0,82% nesta sexta-feira, na semana o índice teve queda de 4%. Os investidores seguem à espera de medidas mais concretas do governo Michel Temer para melhorar a economia do país.

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Minha Casa Minha Vida: vai ou não vai?

As ações das construtora MRV caíram 4,4% em meio as notícias confusas sobre o Minha Casa Minha Vida. Hoje pela manhã o jornal O Estado de S. Paulo publicou a informação de que, segundo o ministro das cidades Bruno Araújo, os contratos de todos os 2 milhões de moradias contratados pela terceira fase do programa Minha Casa Minha Vida estavam suspensos. Após a publicação, o ministro concedeu entrevista explicando que a pasta fará, nos próximos 40 dias, uma avaliação de todos os programas que estão sob revisão. “Estamos em um momento de transição, em hipótese alguma neste momento falaríamos em uma suspensão do programa Minha Casa, Minha Vida”, disse.

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Gerdau vende

A siderúrgica Gerdau anunciou a venda de sua empresa produtora de aços especiais na Espanha por 155 milhões de euros. O comprador é o grupo de investimentos espanhol Clerbil SL, ainda estão previstos mais 45 milhões de euros dependendo do desempenho da empresa nos próximos cinco anos. A venda dessa operação já era esperada por investidores desde o ano passado. Hoje, as ações preferenciais da Gerdau e da Metalúrgica Gerdau subiram mais de 2%.

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Parente agradou? Não todo mundo

A indicação de Pedro Parente para a presidência da Petrobras não agradou sindicatos de petroleiros. Em nota, a Federação Única dos Petroleiros, que reúne 14 sindicatos, classificou a escolha de Parente como “inadmissível”, considerado “ultraliberal” e criticado pela gestão do apagão, em 2001. A Federação Nacional dos Petroleiros criticou o “aprofundamento da privatização” da empresa. Em ao menos sete unidades da estatal no litoral de São Paulo, os sindicalistas fizeram atrasos nos turnos nesta manhã em protesto contra a crise na empresa.

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E a inflação… Não cai

A prévia da inflação de maio, medida pelo IPCA-15, registrou alta de 0,86% em maio, após subir 0,51% em abril. Segundo o IBGE, este é o maior patamar já registrado para o mês de maio desde 1996. Desde o início do ano se espera uma desaceleração de preços em razão da crise econômica, mas na prática a alta pontual de determinados produtos têm impedido o alívio no bolso do brasileiro. A alta do IPCA-15 de maio foi puxada por um reajuste no preço dos alimentos e remédios.

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