Jerome Powell, presidente do Fed (MANDEL NGAN/AFP via/Getty Images)
Repórter
Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 09h07.
Última atualização em 31 de janeiro de 2024 às 09h22.
Os investidores iniciaram esta quarta-feira, 31, com todas as atenções voltadas para as decisões de política monetária do Brasil e Estados Unidos.
Ninguém espera que o Federal Reserve (Fed) mude a taxa de juros dos Estados Unidos em decisão desta tarde. Mas há grande expectativa para o comunicado e discurso do Jerome Powell, presidente do Fed. Com parte significativa do mercado vendo espaço para cortes de juros a partir de março, investidores buscarão os sinais, nas entrelinhas, de que o Fed está pronto para iniciar o afrouxamento monetário.
No Brasil, onde o Banco Central já está no meio do ciclo de corte de juros, o mercado espera que o Comitê de Política Monetária (Copom) cumpra a promessa de cortar a taxa Selic em mais 0,50 ponto percentual para 11,25%. O detalhe que investidores esperam é se o comunicado reforçará que irá manter o ritmo de cortes pelas próximas reuniões ou não. O clima, no mercado, é de que o Copom poderia acelerar o ritmo de cortes, talvez, a partir de março. Mas, assim como a discussão sobre o início dos cortes de juros nos Estados Unidos, não há um consenso sobre a intensificação dos cortes por aqui.
Nesta quarta, ainda serão divulgados os números de criação de empregos privados pelo Instituto ADP. A expectativa é de que o indicador apresente uma desaceleração para o mês de janeiro, com recuo de 164.000 para 145.000 empregos privados criados. O dado é considerado uma prévia dos dados oficiais do mercado de trabalho americano, que serão divulgados nesta sexta-feira, 2. Sinais de que o mercado de trabalho está arrefecendo tendem a contribuir com as apostas de que o Fed poderá cortar os juros em março e fazer um ciclo mais firme de afrouxamento.
Também foram divulgados nesta manhã a taxa de desemprego do Brasil, que, mais uma vez, saiu melhor que o projetado por economistas. A queda foi de 7,5% para 7,4% ante consenso de uma alta para 7,6% para o trimestre findo em dezembro. A taxa de desemprego média de 2023 foi de 7,8%, a menor desde 2014.