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Decisão de subir Selic faz juros abrirem em forte alta

O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica no próximo encontro


	Painel da Bovespa: às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem
 (BM&FBovespa/Divulgação)

Painel da Bovespa: às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem (BM&FBovespa/Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 10 de outubro de 2013 às 11h30.

São Paulo - Os juros futuros negociados na BM&FBovespa iniciaram a sessão em forte alta, em ajuste à decisão de quarta-feira, 9, do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar novamente a Selic em 0,50 ponto porcentual, para 9,50% ao ano, repetindo palavra por palavra o comunicado divulgado após a reunião.

O anúncio foi interpretado pelo mercado como uma sinalização de que haverá nova elevação da taxa básica de igual magnitude no encontro do Copom de novembro, com a possibilidade de o BC estender o ciclo de alta para o próximo ano.

Às 9h19, o contrato de DI futuro para janeiro de 2014 era negociado a 9,52%, de 9,45% no ajuste de ontem, enquanto a taxa para o início de 2015 subia para 10,28%, de 10,09% na véspera. Na parcela longa da curva a termo, o contrato para janeiro de 2017 apontava 11,18%, de 11,08%.

Houve portanto uma redução das apostas em um movimento de 0,25 pp para a última reunião deste ano. Até ontem, os investidores estavam bastante divididos com relação à decisão de novembro - o Copom de outubro era dado como certo e, de fato, veio sem surpresas. Os operadores também voltaram a colocar prêmio nos contratos de DI futuro para abril do próximo ano, indicando a possibilidade de que o ciclo de alta de juros se estenda até o início de 2014 - ano de eleições.

A correção só não é mais forte em função da queda do dólar ante o real, que marcava no mesmo horário baixa no mercado à vista de balcão de 0,36%, cotado a R$ 2,1980, na máxima do dia até o momento.


Enquanto não vem a ata da reunião, com eventuais pistas do passo do BC no futuro, na próxima quinta-feira, o mercado deve se concentrar na presença do presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, na 96ª reunião de presidentes de bancos centrais do Centro para Estudos Monetários latino-americanos e também no jantar de trabalho do G-20, ambos nesta quinta-feira, 10, em Washington.

Já a parcela longa da curva a termo, que ontem apontou para a baixo, novamente sob influência da entrada de investidores estrangeiros, sobe na manhã de hoje, pressionada pelos Treasuries norte-americanos. O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, deve se encontrar hoje, ainda sem previsão de horário, com um grupo de 18 republicanos, na Casa Branca, incluindo o presidente da Câmara dos Representantes, John Boehner, e o líder da bancada, Eric Cantor.

Com relação à inflação doméstica, se ontem o IPCA de setembro mostrou sinais do repasse do câmbio para os preços ao consumidor, a primeira prévia do IGP-M de outubro trouxe certo alívio vindo do atacado, influenciado por desaceleração tanto nas matérias-primas brutas quanto nos bens intermediários.

Houve redução no ritmo de alta da soja em grão (de 9,72% na prévia de setembro para 0,01%), do leite in natura (de 4,31% para 0,59%) e da laranja (de 19,67% para 3,92%). Esses itens conseguiram, em alguma medida, compensar os avanços observados no minério de ferro (2,79% para 6,64%), bovinos (-0,28% para 2,65%) e mandioca (-4,01% para 0,23%).

A primeira prévia do IGP-M de outubro registrou alta de 0,85%, ante avanço de 1,02% em igual prévia do mesmo índice no mês passado, segundo a FGV. A taxa ficou dentro do intervalo das estimativas dos analistas do mercado financeiro ouvidos pelo AE Projeções, que esperavam entre 0,68% e 1,25%, e ligeiramente acima da mediana, de 0,84%.

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