Radar: mercado aguarda balanço do banco Inter (Inter/Divulgação)
Repórter de finanças
Publicado em 6 de fevereiro de 2025 às 07h56.
Última atualização em 6 de fevereiro de 2025 às 08h21.
Após um relatório ADP de empregos no setor privado vir mais forte do que o esperado, a agenda desta quinta-feira, 5, é marcada pelos pedidos de seguro desemprego semanais dos Estados Unidos, às 10h30. Discurso de Mary Daly, membro do Comitê de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês), e de Waller, membro do Federal Reserve (Fed, banco central americano) também marcam a agenda às 16h30 e 17h30, respectivamente.
De olho nos balanços, o mercado repercute o resultado de Itaú (ITUB4), enquanto aguardam os números do banco Inter (INBR32), Grupo CCR (CCRO3) e Multiplan (MULT3).
Na política monetária, é a vez da Inglaterra e do México decidirem suas novas taxas de juros. O Banco Central da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) deve anunciar, às 9h, um corte de 0,25 ponto percentual, de acordo com a maior parte das apostas do mercado. No México, investidores também apostam em queda dos juros, com esfriamento da economia. A decisão será divulgada a tarde.
Na agenda de autoridades, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva concederá novas entrevistas às rádios Metrópole e Sociedade, da Bahia, a partir das 8h. Na sequência, ele viaja para o Rio de Janeiro, onde irá visitar o Hospital de Bonsucesso. À tarde, na volta à Brasília, o presidente reúne-se com o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, às 16h30, e o ministro de Minas e Energia do Brasil, Alexandre Silveira, às 17h30.
O Itaú Unibanco registrou um lucro de R$ 10,9 bilhões no quarto trimestre de 2024, um crescimento de 16% em relação ao mesmo período do ano anterior, em linha com o esperado. No acumulado do ano, o banco alcançou R$ 41,4 bilhões em ganhos, mantendo o mesmo ritmo de expansão.
Para 2025, as projeções do Itaú indicam um desempenho sólido, apesar do cenário mais desafiador, marcado pela alta da Selic e desaceleração econômica. No ponto médio das estimativas, os analistas projetam um crescimento de aproximadamente 9% no lucro, chegando a R$ 45 bilhões.
O banco também anunciou a distribuição de R$ 18 bilhões aos acionistas, sendo R$ 15 bilhões em dividendos extraordinários e R$ 3 bilhões destinados à recompra e cancelamento de ações. Esse movimento já era esperado pelo mercado, dado o excesso de capital da instituição.