Às 10h50, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,13% (83.025 contratos) (Alexandre Battibugli/EXAME.com)
Da Redação
Publicado em 10 de janeiro de 2013 às 10h35.
São Paulo - Após abrir em leva alta, com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de dezembro e de 2012 no teto do intervalo das estimativas dos analistas, as taxas futuras de juros inverteram a direção e passaram a cair em reação a números ruins sobre a atividade econômica no Brasil.
Entre eles estão a queda da venda de papelão ondulado em dezembro e do fluxo de veículos pesados nas estradas com pedágio também no mês passado.
"Os indicadores apontam para um resultado ruim da indústria", avalia o estrategista-chefe do WestLB, Luciano Rostagno. Segundo ele, o dado da Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), dessazonalizado, mostra queda de 1,3% nas vendas em dezembro ante novembro.
O fluxo de veículos pesados, por sua vez, caiu 3,6% em dezembro ante novembro, já com ajuste, segundo a Associação Brasileira das Concessionárias de Rodovias (ABCR) e Tendências Consultoria Integrada.
Às 10h50, na BM&FBovespa, o contrato de depósito interfinanceiro (DI) com vencimento em janeiro de 2014 projetava taxa de 7,13% (83.025 contratos), na mínima, ante 7,14% no ajuste de quarta-feira (09); o DI com vencimento em janeiro de 2015 tinha taxa de 7,74% (125.660), de 7,77%; e o DI com vencimento em janeiro de 2016 marcava 8,24% (15.735), de 8,26% no ajuste anterior.
Entre os vencimentos mais longos, o contrato para janeiro de 2017 projetava 8,54% (62.300), de 8,56% na quarta-feira (09); e o contrato com vencimento em janeiro de 2021 marcava 9,23% (535), na mínima, de 9,25%.
Mais cedo, os juros futuros mostraram leve alta em reação ao IPCA. O avanço das taxas, porém, foi comedido, segundo uma fonte, porque o resultado da inflação não surpreendeu, embora tenha sido de aceleração acentuada em relação ao mês anterior.
Segundo o IBGE, o IPCA acumulou alta de 5,84% no ano passado, situando-se acima do centro da meta de inflação do governo, de 4,5%. Em dezembro, o índice subiu 0,79%, a maior taxa para o mês desde 2004. Analistas esperavam que a inflação oficial ficasse entre 0,64% e 0,79% em dezembro e entre 5,68% a 5,84% em 2012.
O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), que mede a inflação da cidade de São Paulo, subiu 0,86% na primeira quadrissemana de janeiro, acelerando ante a alta de 0,78% verificada no fechamento de dezembro.
A taxa superou o teto do intervalo das estimativas, que iam de 0,69% a 0,85%.