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CVM descarta paralelo entre caso Eletrobras e Tractebel

Acionistas da Eletrobras estão reclamando sobre conflito de interesse da União na decisão sobre a renovação das concessões do setor elétrico


	Leonardo Pereira: "Cada caso é um caso. Esse é o de uma sociedade de economia mista. Acho que não se pode comparar", afirmou o presidente da Comissão de Valores Mobiliários
 (Germano Lüders/EXAME.com)

Leonardo Pereira: "Cada caso é um caso. Esse é o de uma sociedade de economia mista. Acho que não se pode comparar", afirmou o presidente da Comissão de Valores Mobiliários (Germano Lüders/EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 3 de dezembro de 2012 às 10h14.

São Paulo - O presidente da Comissão de Valores Mobiliários (CVM), Leonardo Pereira, acredita que não se pode traçar paralelos entre o caso Tractebel Energia e reclamações de acionistas da Eletrobras sobre conflito de interesse da União na decisão sobre a renovação das concessões do setor elétrico.

"Cada caso é um caso. Esse é o de uma sociedade de economia mista. Acho que não se pode comparar", declarou à Agência Estado durante o Seminário Internacional CPC Normas Contábeis Internacionais, em São Paulo.

Pereira destacou que a questão do conflito de interesse do controlador ainda deve ser analisada para sociedades de economia mista. "Precisa ter muito cuidado com um assunto tão complicado como esse. O caso existe e deixamos bastante claro que estamos analisando."

Os acionistas minoritários da Eletrobrás protocolaram reclamações a partir de terça-feira (27/11). A diretoria da CVM entendeu que não havia elementos suficientes para formar sua convicção e negou pedido para cancelar assembleia geral extraordinária, marcada para esta segunda-feira.

O caso Tractebel vinha sendo lembrado por minoritários e pela Associação de Investidores do Mercado de Capitais (Amec), pois no passado a CVM impediu o controlador da empresa de votar em assembleia na qual identificou que havia conflito de interesse.

Outra dúvida em relação ao setor elétrico é como as empresas devem contabilizar em seus balanços perdas que possam vir da antecipação da renovação das concessões. Sobre o tema, porém, o presidente da CVM preferiu não falar. Ele avaliou que seria prematuro tratar do assunto.

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