Bovespa: a Anima Educação, cujas ações estrearam na BM&FBovespa na última segunda-feira, 28, teve sua oferta suspensa pela CVM por até 30 dias (BM&FBovespa/Divulgação)
Da Redação
Publicado em 30 de outubro de 2013 às 16h40.
São Paulo - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) informou que a retomada das negociações das ações da GAEC Educação, conhecida como Grupo Anima Educação, nesta quarta-feira, 30, na BM&FBovespa, ocorreu porque a autarquia autorizou a liquidação física dos papéis.
Em nota ao Broadcast, serviço de notícias em tempo real da Agência Estado, a CVM informou que a liquidação financeira da oferta pública de ações da Anima continua suspensa.
"Pelo fato de ter havido dois dias de negócios com as ações da companhia, a BM&FBovespa suspendeu a negociação com tais ações, nesta quarta-feira, por algumas horas. Isto se deu de forma a evitar que os investidores que fizeram operações nos dias em que a oferta estava ativa e os que não negociaram, mas compraram ações no âmbito da oferta, fossem prejudicados em relação à liquidação física dos papéis", diz a CVM no texto.
"Por volta das 13h, a CVM autorizou a liquidação física dos papéis e, em consequência, a BM&FBovespa reabriu as negociações."
A CVM esclareceu que a liquidação física ocorre quando a titularidade das ações entra na custódia do cliente comprador. Já a liquidação financeira compreende, no caso, o recebimento, pela emissora e vendedora das ações, dos recursos financeiros provenientes da venda dos papéis no âmbito da oferta pública.
"A Gaec Educação S/A (emissora/oferta primária) e a BR Educacional FIP (Vendedora/Oferta Secundária) só receberão os recursos provenientes da oferta após a revogação da suspensão, se for o caso", disse a CVM. "Ademais, também estão suspensas as atividades de estabilização de preços", completou.
A reguladora explicou ainda que a suspensão ocorreu no âmbito da oferta primária e secundária de ações de emissão da Gaec Educação.
A Anima Educação, cujas ações estrearam na BM&FBovespa na última segunda-feira, 28, teve sua oferta suspensa pela CVM por até 30 dias.
O motivo foi matéria publicada na segunda-feira na imprensa nacional na qual Ozires Silva, presidente do Conselho de Administração, faz declarações envolvendo a companhia e seu setor de autuação, o que é vedado pela autarquia até a publicação do anúncio de encerramento da oferta.