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CVM aplica R$ 2,6 milhões em multas em julgamento sobre Sadia

Rio de Janeiro - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou nesta terça-feira 2,6 milhões de reais em multas após julgar processo que apura a responsabilidade dos então administradores da Sadia por eventuais irregularidades relacionadas a derivativos e na divulgação de informações pela companhia em 2008. Segundo a decisão, a qual ainda cabe recurso, dos […]

Fábrica da Sadia, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco (Germano Luders/EXAME)

Fábrica da Sadia, em Vitória de Santo Antão, Pernambuco (Germano Luders/EXAME)

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Da Redação

Publicado em 15 de dezembro de 2010 às 08h21.

Rio de Janeiro - A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aplicou nesta terça-feira 2,6 milhões de reais em multas após julgar processo que apura a responsabilidade dos então administradores da Sadia por eventuais irregularidades relacionadas a derivativos e na divulgação de informações pela companhia em 2008.

Segundo a decisão, a qual ainda cabe recurso, dos 14 acusados, apenas quatro foram absolvidos: Alcides Lopes Tapias, Marcelo Fontana, Cássio Casseb Lima e Roberto Faldini.

Adriano Lima Ferreira foi inabilitado de exercer funções administrativas pelo período de três anos e os demais acusados terão de pagar multas estipuladas em 200 mil reais ou em 400 mil reais.

Foram multados em 400 mil reais Everaldo Nigro dos Santos, Francisco Silvério Cespede, Walter Fontana Filho e José Marcos Comparato.

Diva Helena Furlan, Eduardo Fontana D'Avila, Luiza Helena Rodrigues, Norberto Fatio e Vicente Falconi foram multados em 200 mil reais.

A assessoria de imprensa da Sadia informou que nenhum dos acusados atua mais na empresa. Somente Walter Fontana Filho e Roberto Faldini fazem parte do Conselho de Administração da Brasil Foods, empresa resultante da aquisição da Sadia pela Perdigão.

A Sadia perdeu cerca de 2 bilhões de reais em 2008 devido a operações com derivativos que acompanhavam a variação do real. A empresa foi surpreendida pela forte alta do dólar naquele ano, com a eclosão da crise financeira internacional, e registrou fortes prejuízos em suas posições.

Os problemas com essas operações debilitaram as finanças da empresa, que registrou prejuízo líquido de 2,5 bilhões de reais no encerramento do exercício de 2008.

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