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Cruzeiro do Sul entra com pedido de IPO e testa mercado para educação

Quarto maior grupo de ensino privado do país reabre janela de pedidos de abertura de capital na bolsa brasileira; será o primeiro IPO no setor neste ano

 (Germano Lüders/Exame)

(Germano Lüders/Exame)

MS

Marcelo Sakate

Publicado em 7 de outubro de 2020 às 20h51.

Última atualização em 7 de outubro de 2020 às 21h20.

O grupo privado de ensino superior Cruzeiro do Sul pediu nesta quarta-feira, 7, registro para uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês), de acordo com documento na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). É a primeira empresa a formalizar o pedido de IPO na última janela do ano, que vai até aproximadamente a quarta semana de novembro.

Fundada em 1965 e com sede em São Paulo, a companhia se apresenta como o quarto maior grupo privado de ensino superior em número de alunos no Brasil: são 330 mil alunos, 25 campi e mais de 1.100 polos de ensino à distância. Além da própria Cruzeiro do Sul, a empresa é dona de marcas como Unicid, UDF, Módulo, Universidade Positivo e Braz Cubas.

A operação servirá tanto para a empresa captar recursos para investir no negócio (a chamada oferta primária) quanto para dar saída a investidores em fundos geridos pela BRL Trust e pela Magnetis (oferta secundária). A operação será coordenada por BTG Pactual (líder), Bradesco BBI, Bank of America, Morgan Stanley e Santander.

A Cruzeiro do Sul afirma no prospecto preliminar da oferta que pretende utilizar 93% dos recursos da oferta primária para fazer aquisições. "A estratégia tem o objetivo de expandir o nosso portfólio de marcas e a entrada em mercados onde não atuamos", diz a empresa no documento.

O anúncio acontece em meio a um esfriamento parcial do entusiasmo de empresas brasileiras para captar recursos no mercado acionário para financiar planos de crescimento.

Nas últimas semanas, diante da volatilidade do mercado de renda variável, com o Ibovespa em queda em agosto e em setembro, algumas empresas suspenderam planos de listagem na bolsa, enquanto outras aceitaram preços menores do que os esperados inicialmente para vender suas ações. No primeiro caso estiveram a Compass, a empresa de energia e gás da Cosan, e a rede varejista Havan; no segundo caso, as incorporadoras Plano&Plano e Cury e a empresa Sequoia Logística.

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