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Da Redação
Publicado em 15 de março de 2011 às 07h49.
Seul - Ações e outros ativos de risco desde o dólar australianos até commodities como cobre e petróleo despencaram nesta terça-feira, enquanto ativos considerados mais seguros como Treasuries dispararam com a piora da crise nuclear do Japão.
O aumento nos níveis de radiação em uma usina no nordeste do país atingida pelo tremor gerou uma enorme venda de ações japonesas e criou efeitos de pânico com estocagem de alimentos e outros suprimentos em Tóquio.
Em um momento na sessão, os futuros do Nikkei tombaram 16 por cento antes de reduzir as perdas para queda de 10 por cento. Enquanto isso, o índice Nikkei fechou em baixa de 10,55 por cento, a maior queda diária desde outubro de 2008.
O Nikkei perdeu cerca de 17 por cento de seu valor desde o terremoto e tsunami que atingiram o Japão na sexta-feira, causando explosões em várias usinas nucleares e forçando milhares de fábricas a fechar as portas.
O índice que reúne mercados da região Ásia-Pacífico exibia forte queda de 3,12 por cento às 7h28 (horário de Brasília). Enquanto isso, o índice de ações globais recuava 2,28 por cento.
Em Sydney, a bolsa fechou em baixa de 2,11 por cento, com ações de mineradoras de urânio ampliando perdas enquanto alguns países indicaram que estão repensando planos para a energia nuclear após o desastre japonês.
"É como precificar um risco desconhecido. Os comentários do Japão levaram o mercado a uma situação crítica", disse Shane Oliver, diretor de estratégia de investimento da AMP Capital, em Sydney.
A bolsa de Seul caiu 2,4 por cento, liderada pela projetista de usinas nucleares Kepco Engineering & Construction, que encerrou em queda de 12,71 por cento.
Em Xangai, a bolsa recuou 1,41 por cento. A bolsa de Hong Kong se desvalorizou em 2,86 por cento e Taiwan teve perda de 3,35 por cento. O mercado em Cingapura encerrou em baixa de 2,8 por cento.
"As pessoas estão com aversão ao risco, então os investidores estão liquidando ativos e posições incluindo petróleo e ouro", disse Tetsu Emori, gerente de fundos na Astmax, sediada em Tóquio.