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Crise financeira afastou 'grandes’ investidores, diz FMI

Segundo o fundo, investidores de longo prazo, incluindo seguradoras, vêm alterando suas estratégias de alocação desde o início da crise

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde: espaço deixado por investidores privados pode ser preenchido por gestores de títulos soberanos (Paul J. Richards/AFP)

Diretora-geral do FMI, Christine Lagarde: espaço deixado por investidores privados pode ser preenchido por gestores de títulos soberanos (Paul J. Richards/AFP)

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Da Redação

Publicado em 13 de setembro de 2011 às 15h27.

Washington - Investidores institucionais privados, como fundos de pensão, podem deixar de ajudar a estabilizar mercado à medida que fogem de ativos de longo prazo mais arriscados, disse o Fundo Monetário Internacional.

Investidores de longo prazo, incluindo seguradoras, vêm alterando suas estratégias de alocação desde o início da crise financeira, disse o FMI em relatório divulgado hoje. A percepção de risco e novas regras podem fazer com que essas instituições fujam de seu papel tradicional de investir em ativos mais arriscados de longo prazo, disse o Fundo.

Isso pode reduzir o impacto positivo da classe de “grandes” investidores, dispostos a segurar ativos sem liquidez durante a retração de mercados, disse o relatório.

Com regulações que obrigam seguradoras a investirem grande parte de suas carteiras em ativos mais seguros, essas instituições podem se tornar mais agressivas com o restante dos recursos para atingir metas de rendimentos, disse o FMI.

Como resultado, economias emergentes, que vêm recebendo cada vez mais investimentos, podem ser mais vulneráveis a mudanças abruptas, segundo o relatório.

Muitos investidores iniciantes se aproveitam do desempenho relativamente melhor desses países, disse o FMI. O risco de uma reversão não pode ser desconsiderado se dados fundamentais, como perspectiva de crescimento ou risco global, mudarem, segundo o relatório.

Considerando grandes choques, o impacto de tal reversão pode ter a mesma magnitude daquela vivida durante a crise financeira.

O espaço deixado por investidores privados pode ser preenchido por gestores de títulos soberanos, que podem arcar com risco de investimentos de longo prazo enquanto se beneficiam aumentam sua participação em mercados globais, sugeriu o FMI.

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