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Credit Suisse vê dólar bater R$6,20 no curto prazo

Nesta quarta-feira, a moeda norte-americana bateu mais um recorde nominal, fechando em R$ 5,90

Dólar: com o dólar escalando a 5,94 reais durante a sessão, o BC vendeu 880 milhões de dólares em contratos de swap cambial (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)

Dólar: com o dólar escalando a 5,94 reais durante a sessão, o BC vendeu 880 milhões de dólares em contratos de swap cambial (Oleg Golovnev/EyeEm/Getty Images)

Victor Sena

Victor Sena

Publicado em 13 de maio de 2020 às 21h08.

No dia em que o dólar bateu mais um recorde nominal, fechando em R$ 5,90, o banco suíço Credit Suisse chamou atenção ainda para intervenções "de forma geral muito limitadas" do Banco Central no mercado de câmbio em nota aos clientes.

Com o dólar escalando a 5,94 reais durante a sessão, o BC vendeu 880 milhões de dólares em contratos de swap cambial tradicional nesta sessão, volume menor que o de muitos dias de abril, quando o dólar estava abaixo dos patamares atuais.

Para o banco, todos os sinais apontam uma piora adicional da percepção dos investidores sobre o real, que, na visão do Credit, depende hoje basicamente de fatores externos para que experimente algum alívio.

"Levando em conta esses riscos, colocamos nossa meta de curto prazo para o dólar em 6,20 reais, bem acima do (mostrado) pelos contratos futuros de três meses, em torno de 5,91 reais", disse o banco em nota a clientes.

O Bank of America também traçou um cenário mais negativo para o real, que deverá depreciar a 5,85 por dólar até o fim do ano (ante projeção anterior de 5,20 reais). O banco justificou a revisão pela "acentuada deterioração do cenário econômico e político nas últimas semanas, bem como a extrema flexibilização monetária".

"Porém, observamos que vários fatores podem facilmente puxar o dólar acima de 6,0 reais no curto prazo: deterioração do apetite global por risco na esteira de dados econômicos negativos; número de casos de Covid-19 no Brasil continuando a acelerar; ou ruído político doméstico", disseram profissionais do banco em nota.

O banco passou a ver contração do PIB de 7,7% neste ano.

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