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Credit Suisse ainda prevê dólar a R$ 6,20 e diz que real é moeda "tóxica"

A moeda norte-americana operava nesta quarta em queda de 1,3%, a R$ 5,68

Dólar: moeda tem apresentado forte valorização nos últimos meses diante da crise causada pela pandemia do coronavírus (Sergio Moraes/Reuters)

Dólar: moeda tem apresentado forte valorização nos últimos meses diante da crise causada pela pandemia do coronavírus (Sergio Moraes/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de maio de 2020 às 14h31.

O Credit Suisse ainda acredita que o dólar tocará 6,20 reais no curto prazo e diz não estar pronto para "jogar a toalha" sobre estratégia de preterir o real ante outras divisas emergentes, já que o mantém na lista de divisas fiscal ou politicamente expostas, classificando a moeda brasileira como "tóxica".

No mundo emergente, o banco prefere rublo russo, won sul-coreano e rupia indonésia ante rand sul-africano, peso mexicano e o real.

"Embora reconheçamos o avanço desse último (o real), não estamos prontos para jogar a toalha sobre essa estratégia ainda", disseram estrategistas do banco em relatório nesta quarta-feira.

"Nossas visões não mudaram. Continuamos pessimistas com o real, com meta inalterada de dólar a 6,20 reais", acrescentaram.

Em relatório do dia 13 deste mês, o Credit Suisse disse que via o dólar chegando a 6,20 reais.

O banco classifica o real como uma moeda "tóxica" -- junto com o peso mexicano -- ao citar que o peso colombiano, a despeito do recente colapso dos preços do petróleo, tem operado mais em linha com moedas "saudáveis" de exportadores de petróleo, como o rublo russo.

O dólar operava nesta quarta-feira em queda de 1,3%, a 5,6856 reais e acumulou baixa de 2,38% entre a máxima recorde de fechamento (5,9012 reais, alcançada no último dia 13) e o fechamento da véspera (5,7609 reais).

Mas o real ainda tem o pior desempenho global no ano, com desvalorização nominal de 29,4% ante o dólar.

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