A aposta é de que o Federal Reserve (Fed), que tem mantido a taxa de juros inalterada entre 5,25% e 5,5% há 12 meses, começará a cortar suas taxas em setembro, daqui a duas reuniões. A probabilidade precificada nos juros futuros, que até a divulgação do CPI estava pouco acima de 70%, saltou para 90% após os dados de inflação. Investidores também aumentaram as apostas para cortes subsequentes, passando a precificar cerca de 45% de chance para três cortes, 20 pontos percentuais acima do anterior. Para ao menos dois cortes, a precificação subiu de uma chance de 73,2% para 91,7%.
O CPI foi de -0,1% em junho, ante expectativa de uma alta de 0,1%. Foi a primeira deflação mensal registrada na economia americana em 18 meses. O CPI de 12 meses recuou de 3,3% para 3%, o menor patamar desde junho de 2023. O núcleo do CPI ficou em 3,3% em 12 meses, 0,1 p.p. abaixo do esperado. "Depois de uma tendência preocupante no início do ano, a desinflação parece estar de volta aos trilhos", avaliou o Bank of America em nota.
O resfriamento na inflação de serviços e de aluguéis teve peso significativo no CPI mais fraco, apontam os economistas do banco. "A última linha dos dados de inflação está novamente na direção certa para o Fed." Entre os bancos mais pessimistas para o ciclo de corte de juros, o Bank of America manteve a perspectiva de apenas um corte neste ano, em dezembro, mas admitiu que a maior probabilidade é de o Fed iniciar o ciclo de cortes antes do que depois.
Efeito nos mercados
No mercado financeiro, a perspectiva de juros mais baixos nos Estados Unidos provoca um efeito dominó nos preços. O título de 10 anos do Tesouro americano é negociado a um rendimento de 4,17% ao ano, o mais baixo desde janeiro deste ano, quando investidores estavam em euforia pela queda de juros que supostamente viria em março. No mercado de câmbio, o índice dólar (DXY) atinge o menor patamar desde fevereiro, a 104,4 pontos, registrando recuos frente ao euro, iene e libra esterlina.
Nas bolsas, as reações são mistas. Os índices de Nova York, S&P 500 e Nasdaq, que vinham de máximas históricas, recuam nesta quinta. O movimento é influenciado pela desvalorização de 3% das ações da Nvidia após sua concorrente AMD comprar a startup finlandesa Silo por US$ 665 milhões. Já o Russell 2000, composto por small caps do mercado americano, sobe mais de 3%.
A perspectiva de corte de juros nos Estados Unidos também favorece o mercado brasileiro, com o Ibovespa subindo 0,8% nesta quarta-feira.
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(1º lugar: Nvidia (NVDC34))
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2/10
(2º lugar: Tesla (TSLA34))
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3/10
(3º lugar: Advanced Micro Devices (A1MD34))
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4/10
(4º lugar: KLA (K1LA34))
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5/10
(5º lugar: Tokyo Electron (TYO: 8035))
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6/10
(6º lugar: Pinduoduo (Nasdaq: PDD))
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7/10
(7º lugar: Cadence Design Systems (C1DN34))
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8/10
(8º lugar: Lam Research (L1RC34))
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9/10
(9º lugar: Synopsys (S1NP34))
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10/10
(10º lugar: Shopify (S2HO34))
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