(Nelson A Ishikawa/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 13 de junho de 2023 às 09h42.
Última atualização em 14 de junho de 2023 às 17h27.
O dólar abriu em queda de 0,09% nesta terça-feira, 13. Após as 17h, o dólar fecha com leve queda à R$4,86, com menor fechamento desde de junho de 2022.
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No radar dos investidores está os dados de inflação dos Estados Unidos e a expectativa pela decisão de juros do Federal Reserve. Além disso, o mercado repercute a fala do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, em evento promovido pelo Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). Ele afirmou que a curva futura de juros tem tido queda relevante no Brasil e que isso abre espaço para corte na taxa selic "à frente". A fala de Campos Neto aumenta a expectativa do mercado para que o comunicado do Copom da próxima semana venha com mudança na linguagem, preparando o terreno para uma queda.
O dólar comercial hoje fechou em R$ 4,862. Nas casas de câmbio, o dólar turismo fechou em R$4,673. Na segunda-feira, a moeda era negociada a R$ 4,867.
O dólar comercial trata-se de milhares de dólares em transação no mercado de câmbio. Isso computa exportações, importações, transferências financeiras milionárias e que normalmente são feitas por grandes empresas e bancos.
Já o dólar turismo é comprado por pessoas físicas, normalmente em casas de câmbio, em menores quantidades para viagens ou até passado no cartão de crédito.
A cotação do dólar turismo é mais cara pois são compras muito menores do câmbio, ao contrário das transações feitas por grandes empresas e instituições. Logo, seu custo operacional com transporte de notas e taxa de corretoras ficam mais alto.
Basicamente, o preço em relação ao real é calculado em função da disponibilidade de dólares no mercado brasileiro. Ou, seja, quando há uma grande quantidade de moeda norte-americana no país, a tendência é que o preço dela caia em relação ao real, já a baixa disponibilidade da moeda, por outro lado, faz com que o câmbio norte-americano se valorize em relação a nossa moeda.
O Banco Central também tem o poder intervir na cotação. Quando a moeda americana dispara, é comum que o órgão use parte de sua reserva para injetar dólares na economia. Com mais disponibilidade, a cotação da moeda americana tende a cair.
A queda do dólar frente ao real traz impactos significativos para a economia brasileira. Entre os principais efeitos estão:
Exportações: Com um real mais valorizado, as exportações brasileiras tornam-se mais competitivas, impulsionando o setor e favorecendo a balança comercial.
Inflação: Uma cotação do dólar mais baixa pode ajudar a conter a inflação, uma vez que reduz o custo de importação de produtos.
Investimentos estrangeiros: Um real mais forte pode atrair investimentos estrangeiros para o país, impulsionando a economia e estimulando o crescimento de diversos setores.
Acompanhar a cotação do dólar em veículos de notícia é ideal para saber exatamente quando é o momento ideal de comprar, que normalmente é quando a moeda estiver com uma cotação mais baixa.
A questão é que o preço do dólar muda todo dia e várias vezes ao dia. Então a resposta mais coerente seria comprar dólar de maneira diluída, ou seja, de pouquinho em pouquinho. O ideal seria comprar tudo na baixa do dólar, porém com a volatilidade do mercado, é impossível prever quando seria essa baixa.