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Copom mais duro, decisão do Fed e o que mais move os mercados

Decisão do BC brasileiro era amplamente esperada pelo mercado, que aguardava novidades no tom do comunicado

 (Adriano Machado/Reuters)

(Adriano Machado/Reuters)

Publicado em 23 de março de 2023 às 06h48.

Última atualização em 23 de março de 2023 às 08h06.

A alta de 0,25 ponto percentual dos juros pelo Federal Reserve está sendo digerida na manhã desta quinta-feira, 23, pelos investidores. As bolsas asiáticas operaram, em sua maioria, em alta, com Hang Seng, de Hong Kong, subindo 2,34%, mas a Nikkei, do Japão, cedendo, 0,17%.

Na Europa, todas as bolsas tinham leve alta com exceção do índice FTSE, da Bolsa de Londres, onde os investidores vivem a expectativa pela decisão dos juros pelo Banco Central da Inglaterra, o BoE.

Os índices futuros de Nova York subiam perto das 6h. Ontem, o Fed decidiu pela alta de 0,25 ponto percentual na taxa de juros e Jerome Powell, que comanda a instituição, disse em coletiva que o combate à inflação segue no foco.

Por aqui, os investidores devem reagir não só à decisão do banco central americano, mas também ao Copom, do Banco Central brasileiro, que manteve a Selic a 13,75%. A decisão era esperada, mas o comunicado foi classificado como "preocupante" pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.

Desempenho dos indicadores perto das 6h (de Brasília):

  • Dow Jones futuro (Nova York): + 0,51%
  • S&P 500 futuro (Nova York): + 0,76%
  • Nasdaq futuro (Nova York): + 1,11%
  • DAX (Frankfurt): +0,03%
  • CAC 40 (Paris): +0,01%
  • FTSE 100 (Londres): - 0,47%
  • Stoxx 600 (Europa): +0,3%
  • Hang Seng (Hong Kong): +2,34%

Copom mais duro

Em sua segunda reunião de 2023, o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central anunciou nesta quarta-feira, 22, manutenção na taxa básica de juros, a Selic, em 13,75% ao ano.

A decisão era amplamente esperada pelo mercado, que aguardava novidades no tom do comunicado. Quem esperava uma sinalização de cortes de juros se surpreendeu: o tom foi duro, com o Copom focando nos riscos de alta de juros como incertezas fiscais, efeitos sobre a trajetória da dívida e desancoragem da inflação para prazos longos.

“Acreditamos que a diretoria do BC irá aguardar a tramitação no Congresso da nova regra fiscal para ter maior convicção em alterar a rota contracionista e iniciar o processo de corte nas taxas”, afirmaram, em nota, os analistas da Órama Investimentos.

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Fed eleva taxas em 0,25 p.p.

O Fomc, comitê do Federal Reserve (Fed) responsável por decidir a taxa de juros nos Estados Unidos, elevou a taxa em 0,25 ponto percentual (p.p.) nesta quarta-feira, 22, para o intervalo entre 4,75% e 5,00%. Esta é a nona alta consecutiva de juros nos EUA.

Em coletiva após a decisão, o presidente do Fed, Jerome Powell, enfatizou que o Fed deve continuar combatendo a inflação. Sobre a crise do Silicon Valley Bank (SVB), Powell afirmou que o sistema bancário dos EUA é sólido, reiterando o que havia sido dito no comunicado sem citar especificamente o caso. 

Ainda assim, a crise bancária recente “provavelmente resultará em condições de crédito mais rígidas para famílias e empresas, o que, por sua vez, afetaria os resultados econômicos”, disse Powell.

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Quais os balanços do dia?

A temporada de balanços do quarto trimestre conta com oito balanços nesta quinta-feira, entre eles o da Sabesp (SBSP3). Veja a lista:

  • Aliansce Sonae (ALSO3)
  • Alliar (AALR3)
  • Cogna (COGN3)
  • Eneva (ENEV3)
  • Grupo Panvel (PNVL3)
  • Locaweb (LWSA3)
  • Sabesp (SBSP3)
  • Tecnisa (TCSA3)

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Como o Ibovespa fechou no último pregão?

O Ibovespa fechou a quarta-feira, 22, em queda de 0,77%, aos 100.221 pontos, em dia de decisões de política monetária tanto nos Estados Unidos como no Brasil – evento conhecido no mercado como “Super Quarta”.

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